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O apartamento dentro do lugar abandonado

Eu estava andando na rua e encontrava umas pessoas que estudei junto no colegial.
Pensei em fingir que não conhecia, mas eles fizeram a maior festa quando me viram e fiquei até me sentindo culpada.
Então, me convidaram para ir na casa de um deles. Acabei indo.
Era um prédio abandonado, caindo aos pedaços. Entramos, fomos para o subsolo, e quando abre a porta, é um apartamento muito louco, de classe média alta, inclusive tinha janela com uma vista legal (apesar de estar no subsolo).
Ficamos lá no lugar um pouco, e o dono da casa tem que sair e deixa os convidados lá. Do nada, todos os convidados sumiram e eu queria ir embora. Daí saí e deixei a chave embaixo do tapete e fui, mas fiquei com medo de alguém entrar e roubar, já que era um lugar muito feio e medonho por fora. Fim.

Gustavo de volta

Estava no trabalho, e um amigo que se encontra de licença não remunerada (o Gustavo) voltava para cá.
Ele ficava lotado no meu setor, junto comigo e com a Lia, e passávamos o dia inteiro falando besteira.
Num desses momentos, eu dizia pra ele:
- Não sei se posso dizer pra você o que penso da sua volta. Porque, por um lado, estou muito feliz que você voltou, pois sentia muito a sua falta, mas por outro, você voltar significa que seus planos não deram certo, então eu deveria me solidarizar e ficar triste.

Daí ele respondeu:
- Pode ficar feliz, também estou feliz de ter voltado e estar aqui com vocês.

Fim.

Engordar

Depois das festas de final de ano, resolvia me pesar... e para a minha surpresa, estava 6kg mais gorda. Resolvia que nunca mais ia me pesar na vida. Fim.

Putada

Eu havia comprado umas coisas no site www.kabum.com.br (inclusive, um site muito legal, nunca me deixou na mao, sempre entrega rapido).
Eu fiz o pedido e dizia que entregava no dia seguinte, que era um feriado. Chegou o dia e, mesmo sendo um feriado, achei que tinha que receber meus produtos e fiquei revoltada porque nao tinha vindo.

Liguei pra eles, e quando atenderam eu disse o seguinte:
- E ai putada... cade meus kabuns?
Do outro lado vem a seguinte resposta:
- Devido ao uso da palavra "putada", nao poderemos mais entregar seus produtos.
Respondi:
- Mas vcs sao uma putada mesmo. Eu quero meus kabuns.
- Entao a senhora vai precisar assinar um termo que comprova que a senhora nao vai nunca mais falar "putada", e ainda vou precisar de copia do rg e do comprovante de residencia. E se a senhora voltar a falar "putada", nunca mais vai poder comprar na internet.
Assim que enviar os documentos, teremos um prazo de 10 dias uteis para avaliar se sua encomenda vai ser entregue mesmo ou cancelada. Fim.

Promoção

Eu entrava num site com uma lista de promoções culturais pra participar. E só tinha promoções muito boas, eu resolvia participar de tudo e tinha certeza que ia ganhar, ficava contente pois ia ganhar um monte de prêmios super legais. Fim.

Melhor lugar para se proteger de um ataque de zumbis

Ocorria o apocalipse zumbi no mundo. Eu juntava minhas coisas e decidia que iria para um lugar onde tivesse tudo: água, gasolina, local cercado.
Vamos para uma refinaria de petróleo.
Lá, além de espaço, tem muita gasolina e gás, produz sua própria energia elétrica, e também tem sua própria água.

Chegamos lá e tem poucos zumbis lá dentro. Explodimos suas cabeças, e começamos a reforçar o lugar.
Chegamos num lugar que parecia um trepa trepa gigantesmo. É como se o parque industrial fosse um parquinho de diversões.
Usamos essa instalação para subir e observar o local melhor.
Em algum momento estávamos num lugar que parecia um terminal de ônibus, e meu amigo Lucas estava fortemente armado com rifles e metralhadoras. Fim.

O Pai - As aventuras de Scarleth Werewolf

Conto: O Pai
Coleção: As Aventuras de Scarleth Werewolf


Era uma sala de reunião. Uma mesa muito comprida, as paredes brancas, a luz fria. Estávamos quase todos lá, velhos, cansados. Até o Jorginho estava lá. Jorginho só no nome, pois era o mais velho de todos, muito mais idoso que todo mundo.
Fazia tempo que não nos reuníamos, a irmandade se acabou e a força também.
Eu presidia a reunião, mas ela ainda não tinha começado, estávamos esperando os últimos chegarem... e foi durante esse tempo que fui lembrando como nos conhecemos e porque estávamos nos reunindo ali.

Era uma tarde de sol bem quente o dia que conheci o Jorginho. Ele era dono do Mercado do Jorginho, um mercadinho de bairro de tamanho médio. Trabalhava no balcão de atendimento ao consumidor e supervisionada os outros funcionários. Ele tinha uns 45 anos na época, mas os cabelos brancos já eram abundantes.
Eu estava na rua do mercado, correndo, desesperada. Foi a primeira vez que aconteceu, eu não sabia o que era e por isso meu desespero. Corria, mas não tinha destino, apenas corria como se fosse possível deixar tudo pra trás, desfazer a realidade, igual quando a gente acorda de um sonho.
Não sei como ele soube, talvez por causa dos cachorros do estacionamento, que não eram bem cachorros e começaram a latir para mim. Ele saiu do mercado, e me parou. Jorginho usava o colar com aquele símbolo azul, e ele brilhava muito.
Ele me acalmou, me fez entrar, e me levou para uma salinha nos fundos. Sua esposa e seus filhos estavam lá, mais alguns funcionários. Todos usavam um colar com o mesmo símbolo.
Entrei, não entendia o que estava acontecendo, mas estava tão perdida que aquela reunião de pessoas desconhecidas fazia mais sentido do que o que acabara de me acontecer. Eu havia virado um cão.
Um cofre foi aberto, tiraram um colar idêntico e foi colocado em volta do meu pescoço. Na hora, voltei a ser pessoa. Todos me felicitaram, com abraços e apertos de mão, e então Jorginho, que parecia o líder daquelas pessoas, me disse “Parabéns, você é um lobisomen”.

Uma coisa que não mudou em Jorginho foram os cabelos brancos, desde aquela época só aumentaram. Agora sua cabeça foi praticamente toda tomada pelos fios dourados. O que mudou, no entanto, é que ele não usava mais o colar, e também não era mais o chefe do grupo.
Quem se senta agora na ponta da mesa sou eu, e também fui eu quem o convocou. Não tenho essa posição por que quero, apenas porque sobrou para mim depois que Jorginho foi embora sem dar explicação. O lugar ficou muito tempo vago, ninguém se atrevia a tomar seu lugar, nem eu. Nossa organização desmoronou, o poder subiu a cabeça de muitos de nós, sem um guia para nos liderar a coisa foi tomando proporções maiores, onde ninguém se respeitava.
Também cheguei a abandonar a matilha, achava que era a coisa certa, afinal foi o que Jorginho fez. Quantas noites me debati com o fato de não saber porque ele nos abandonou, e que o motivo deveria estar na nossa cara, porém me sentia idiota por não enxergar.
Até o fatídico dia que entendi que eu tínhamos que nos unir, que éramos muito mais do que a vontade de um líder, e que se ninguém se dispunha a ficar no lugar que Jorginho outrora ocupou, eu tinha a responsabilidade moral de encarar esse desafio.

Era uma manhã de inverno com sereno. Não nos reuníamos mais naquela época, o mercadinho estava fechado e nosso ponto de encontro era um terreno baldio na cidade. Isso dizia muita coisa sobre nós, antes organizados num comércio, agora jogados num lugar que não servia para nada, assim como nossa matilha.
Fomos todos para lá, mesmo sem uma convocação formal. Era o certo a fazer, e pelo menos isso nós nunca esquecemos. Saiu na capa do jornal: um jovem apareceu morto, decapitado, com marcas de garras pelo corpo, como se tivesse sido atacado por uma besta.
Nós sabíamos o que eram as marcas, e que não fora um assassinato, e sim um suicídio. Nos sentimos culpados por não termos acolhido o garoto. A mudança é difícil, confusa, e não havia mais uma organização ou qualquer pessoa disposta a guiar o novato pela transformação.
Todos foram para o mesmo local por luto, por medo, ao mesmo tempo para atacar uns aos outros, culpar alguém pela tragédia, e no fundo esperando que alguém nos culpasse, que isso fosse um tranco que fizesse esse motor parado finalmente pegar.
Ele morreu sem ao menos receber uma explicação, ninguém se deu ao trabalho de contar o que acontecia e ninguém achou que ele tivesse valor o suficiente para ganhar o colar azul. E isso era o que mais doía: todas essas atitudes na verdade não diziam nada sobre o garoto, e sim sobre nós.
Foi então que tomei as rédeas, depois de tantos anos sem ninguém sentado àquela cadeira. Toda e qualquer matilha tem um líder, e por isso mesmo sem um líder não éramos mais uma matilha, éramos nada.

Nenhuma mudança é simples, e demorou para que eu fosse aceita. Nunca tive a intenção de substituir Jorginho pelo que ele foi e representou para todos nós. E foi com essas palavras que iniciei a reunião. Estavam todos surpresos e alegres de ver nosso antigo líder ali, e desconfortável pelo fato de sentar numa cadeira de convidado e não de líder. Quem mais se sentia desconfortável era eu, mas nunca deixaria isso abalar o que havíamos conquistado até agora.
Jorginho e sua família foram chamados até essa sala, não como desertores, não como membros da matilha. E sim para ouvirem uma oferta. Os membros antigos estavam todos lá, muitos rostinhos novos também, principalmente de jovens que tiveram a transformação recentemente e, graças a nova força da matilha, não tiveram o mesmo destino do garoto que estampou os jornais anos atrás.
A oferta, na verdade, eram duas. A primeira, oferecemos seus colares azuis de volta. São com esses artefatos misteriosos que conseguimos nos comunicar, nos reconhecer e nos ajudar. Nenhum lobo pode ter uma vida completa sem ele, é muito mais do que um símbolo da matilha, é um símbolo da própria raça.
A segunda oferta foi a palavra. Ninguém pode falar sem que o líder permita, e com tanto tempo sem um líder quase perdemos a nossa comunicação. A palavra foi oferecida a Jorginho e sua família. Jorginho se levantou e a segunda oferta também foi aceita. O pai pródigo a casa retornou.
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Baseado num sonho que tive há algum tempo.

Arena RPG

Era um jogo de RPG real, onde eu e meus amigos participavamos de um jogo com realidade virtual.

Começa com uma arena, de um lado os inimigos, seres mitológicos com armaduras medievais e poderes próprios, como magias e coisas assim.
Do nosso lado, aparecia um baú, com armas atuais, mais ou menos como no jogo Counter Strike.

Nos armamos, e a divisão entre os dois lados da arena desaparece. Começa a batalha.
No começo é bem divertido "chutar uns traseiros", porém quando os monstros começam a me acertar, a dor é real. Eu não aguento e me desconecto. Não achei que a diversão compensava a dor.

Fora do jogo, eu podia observar meus amigos jogando.
Eles estavam nessa arena que parecia um pouco com uma quadra de tênis, onde os times estavam divididos um de cada lado. Meus amigos conseguem derrotar as criaturas usando as armas, e então a parede se abre e eles são liberados para a segunda fase.

Nessa próxima fase, eu posso enxergar por cima todo o mapa do lugar. É uma espécie de labirinto, onde eles devem encontrar um novo baú com tesouros e armas novas, porém o labirinto também esconde um monte de novos inimigos, entre eles um grande dragão super poderoso.

O labiritindo é feito de ruas normais, algumas sem saída, outras com cruzamento. No lugar das casas, temos galpões grandes e abandonados que não dá para entrar.
Fico observando meus amigos andarem nessas ruas, alguns deles estão machucados da batalha anterior. Ao longo do caminho, encontram seres inimigos e há luta, onde estão vencendo sempre, embora os já machucados vão ficando cada vez mais lentos.

Eles estão todos juntos, e entram numa bifurcação, onde de um lado há um baú de tesouro com armas mais fortes. Do lado oposto, vem o dragão enorme ataca-los. Eu penso que faria a seguinte estratégia:
Sacrificaria os mais fracos lutando com o dragão, enquanto os mais fortes pegariam as armas e então matariam o dragão. Sei que assim que a fase termina, os que "morreram" voltam com suas energias renovadas, embora sem suas armas. Mas nesse caso, os mais fortes teriam novas armas e não perderiam as antigas, então os amis fracos teriam com o que lutar.

No entanto, eles fazem diferente, e vão todos enfrentar o dragão juntos. O dragão é forte, e tem muitas magias e ataques que afetam uma área inteira ao invés de só um oponente, e eles estão quase morrendo todos e perdendo o jogo. Fim.

Jabba the Hut

Ontem fiz uma endoscopia, e a anestesia me deixou lesada.
Em algum momento eu vi o Jabba the Hut (do Star Wars), usando um vestido laranja. Porém, nesse sonho, ele não se chamava Jabba, e sim Boba Fat (escrito exatamente dessa forma errada). Fim

Tatuagem no Braço

Eu ia num estudio de tatuagem e pedia pra fazerem um certo desenho. Não doia nada, e saia de lá com um desenho no braço, enorme, de um castelo e um céu meio nublado.
O desenho era bonito mesmo, mas assim que sai de lá me arrependi, e fiquei pensando: por que eu fiz isso? Sei que o desenho é bonito, mas ele não significa nada pra mim, e ainda fiz no braço... nem vou poder esconde-lo, é um lugar que eu nunca pensei em fazer uma tattoo.
Saio desapontada comigo mesma. Fim.

Apartamento antigo

Eu e o Rê resolviamos fazer uma despedida tardia do apartamento antigo, nós entravamos e iamos dormir lá sem avisar ninguém.
Então, tarde da noite a nova dona chega e nos pega lá. Eu explico que estavamos com saudade do apartamento, e ficamos conversando e ela me diz que eu não posso ficar indo lá. No fim, vamos embora para a casa nova. Fim.

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Foi difícil me despedir do apartamento, mesmo sabendo que estou indo pra um lugar melhor, fica sempre a saudade de todos os bons momentos que passamos lá.

Casa sem pai

Estava na casa onde cresci com minha mãe.
Eu mexia nas coisas do meu pai com muita saudade, mas não dava para entender se ele havia morrido ou apenas ido embora.
Conversava com minha mãe, e ela dizia coisas como "agora que seu pai não está mais aqui...".
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Agiamos como se ele tivesse morrido, mas não parecia que ele não voltaria.
Era uma sensação estranha, eu sentia saudade daquela pessoa que ele foi, mas ao mesmo tempo era nítido o fato de que hoje ele não é mais a mesma pessoa.
O mais bizarro é que quem morreu foi minha mãe e não meu pai.