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Casa para alugar

Eu estava em casa, mas minha casa era muito grande, era tipo a rua inteira e estavamos tentando coloca-la me ordem, limpa-la, etc.
Estavamos na parte da rua, dentro de um carro, tentando fazer uma mangueira funcionar. Nisso, o Re diz que vai no mercadinho da esquina comprar algo pra comer, e eu fico lá soziha.
Passa uma vizinha perguntando se eu vou fazer o muro, eu pergunto que muro ela está falando, e ela me diz que como meu terreno termina direto na rua, eu devia fazer um muro, porque as pessoas nunca sabem se estão na rua ou dentro da minha casa.
Daí fico pensando que além do que já estou fazendo, terei também que fazer um muro ali.

Eu desisto de mexer na mangueira e a desligo. Nisso, de dentro do carro abre um buraco e começa a sair algumas pessoas da minha família, como a minha madrinha. Ela diz que está indo pra uma festa, e agradeçe o uso do buraco da minha casa. Eles vão embora e eu vou na esquina ver o que o Reinaldo está comprando.

Eu vejo que ao invés de estar no mercado, ele está numa mini mercearia, e fazendo uma compra enorme. E tudo com preço caro, já que lá só é feito para você comprar coisa pequena, e não um monte de coisa de uma vez. Além disso, demora pra caramba pra pegarem e passarem as compras, e eu fico irritada porque está pagando caro e tendo um atendimento muito ruim. Vai escurecendo lá fora e eu vou ficando cada vez mais brava.

Quando termina de comprar, não tem mais sacolinhas e eu falo pro Rê com aquela cara "e aí, vai levar as compras como? Eu te disse pra não comprar as coisas aqui e vc continuou comprando...". Ele me ignorou e me fez carregar boa parte das compras, e colocou por cima o Doritos que eu estava com vontade de comer. Mas eu vi que ele só comprou o Doritos quando eu entrei e comecei a reclamar, então nem isso me apaziguou, pois ele não tinha lembrado.

Colocamos as coisas no carro, e eu o lembro que tínhamos comprado uma outra casa na mesma rua, e teríamos que arruma-la, já que o intuito era aluga-la. Só que como já estava escuro, ia ser mais difícil olhar. Ficamos pensando em o que fazer exatamente com a casa para aluguel e como por o muro na nossa casa.

Então, eu agora sou uma senhora muito velha e viúva, e lembro dessa história pensando que foi muita sorte construirmos diversas casa para aluguel nesse terreno, pois agora vivia da renda desses aluguéis, já que era muito velha e não podia mais trabalhar. Nessa nova realidade, era tudo cinza e frio, em contraste com a lembrança que era ensolarado e calor. Fim.

Roubaram meu Addes Frape de Coco

Eu abria a geladeira e nao achava meu Addes sabor Frape de Coco.
Ficava procurando desesperadamente, até que achava só a emabalagem vazia na pia da cozinha.
Perguntava pro Rê se ele tinha tomado, e ele diz que sim. Eu começo a reclamar que ele nem me avisou, nem pediu, nem deixou um pouco pra mim, e ele é bem estúpido comigo. Fico muito chateada. Fim.

Pitico na garagem

Resolvi que vou postar todos os sonhos antigos que nao postei, mas por acaso eu lembro.
Um deles foi muito importante pra mim, faz cerca de 1 ano:

Eu estava nessa casa onde moro hoje. Numa espreguiçadeira na garagem com o notebook no colo, e então um coelho marrom e pequeno vinha correndo e me rodeava que nem louco. E então eu dizia:
- Rê, olha o Pitico! Ele não para! Olha o Pitico!
Fim.
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Agora as partes estranhas desse sonho:
- Nós não sabíamos ainda se ia dar pra mudar pra essa casa mesmo, só tinhamos vindo visitar. E deu certo.
- Eu nao tinha o Pitiquis na época. E quando ele chegou, ele era igualzinho ao do sonho!
- Nós achavamos que o Pitiquis era menina e a chamavamos de Pitica, e depois descobrimos que era macho, por pouco não o chamamos de Pitico.

Se eu fosse supersticiosa, diria que foi algum tipo de premonição. Mas sei que eu já estava apaixonada pela casa, e que em breve arrumaria um coelho. O nome veio do sonho, e a cor foi coincidência.
Ainda assim, é muito gozado tudo isso.

Em tempo: eu não deixo o coelho na garagem e nem tenho uma espreguiçadeira.

Conhecendo o hotel pela entrade de serviço

Estávamos almoçando na casa da minha sogra, e nesse dia foi uma mulher que era amiga dela e a filha almoçar também. Ficamos amigos da filha dela, e ela nos diz que trabalha num hotel que abriram recentemente, que é o hotel mais chique do Brasil inteiro, deixando pra trás até outros hotéis da mesma rede.

Então, eu e o Rê lembramos da vez que nos hospedamos num desses hotéis da mesma rede, e que invadimos um quarto chique com piscina e quase fomos pegos.
Daí ela oferece de nos mostrar o hotel por dentro e aceitamos.
Todas as memórias da vez que aproveitamos o outro hotel escondido me vem enquanto chegamos nesse novo hotel.

Chegamos na recepção e falamos que somos amigos da moça, e nos dirigem até a entrada de serviço, onde ela vem nos buscar. Subimos por um elevador de serviço e ela nos leva pra ver os quartos por dentro.
São realmente impressionantes, mas com exceção da suíte presidencial (que ela não pode nos mostrar pois só tem uma e estava ocupada), nenhuma delas tinha piscina própria, o que eliminou um pouco o encanto.

No final agradecemos o passeio. Ela volta a trabalhar, e ficamos na frente do hotel, numa passarela, andando pra lá e pra cá olhando pro prédio majestoso e lembrando do que aprontamos no passado e de como poderíamos aproveitar a amizade com a moça para invadir esse hotel também. Mas não chegamos a nenhuma forma legal, e desistimos. Fim

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Esse sonho foi muito engraçado porque ele era realmente uma continuação do outro sonho que postei agora, e era tão real...
Fico pensando que no mundo dos sonhos, alguns deles fazem parte do mesmo cenário, do mesmo universo.
Não é a primeira vez que sonho continuações ou lembro de outros sonhos dentro do sonho, mas foi a primeira vez que lembrei de um sonho de muito tempo atrás e sem maiores significados.

Invadindo quarto de hotel

Esse foi um sonho que tive ha muito tempo e nao havia postado, mas como tive um sonho subsequente a esse, estou postando agora:

Eu e o Re nos hospedavamos num hotel bem chique, so que ficavamos no quarto mais simples que eles tinham. Era so a cama e um banheiro, e o quarto era muito pequeno mesmo.
Enquanto olhavamos pela janela, percebemos que todos os andares eram bem grandes e neles tinham de todos os tipos de quartos que o hotel oferecia.
Alguns quartos desses minusculos, alguns maiores e tambem um super legal que era duplex e tinha uma piscina propria.

Ficamos fascinados por esse quarto enorme, que tinha uma piscina e uma varanda enorme, e passavamos varias horas na janela "namorando" o quarto. Nisso, notamos que o quarto do nosso andar estava vazio.
O Re tem uma ideia louca da gente sair pela janela, ir andando pelo parapeito do predio ate entrar no quarto fodão e ficar lá aproveitando.
Eu digo que a idéia é ruim, pois provavelmente íamos cair lá de cima e morrer, e que seria muito mais inteligente se entrassemos pela porta da frente.

Ele achou que seria impossível entrar pela porta, mas ela estava apenas encostada, e não trancada. Eu disse que as portas de hotel só ficavam trancadas quando tinham hóspedes, do contrário ficavam encostadas para facilitar a limpeza e tal.

O quarto era o máximo, lindo, tinha uma cama enorme e macia e ficava no segundo andar. Era tipo um loft, onde do segundo andar voce podia olhar o primeiro. No primeiro andar havia essa piscina maravilhosa na sacada e uma area de descanso, televisões gigantes e uma cozinha.

Passamos o dia inteiro lá curtindo o quarto, estávamos deitados na beira da piscina de boa quando ouvimos a porta abrindo e um casal entrando com as malas.
Ficamos desesperados, com medo de eles nos acharem lá dentro e chamarem a polícia, ou de nos cobrarem pelo uso do quarto, o que certamente não teríamos como pagar.

Então, fugimos pela sacada, andando pelos parapeitos do prédio até chegar na nossa janela, do jeito que o Rê queria que tivessemos ido. No fim, não caímos, mas passamos um belo susto. Fim.

Vó especialista em celular

Minha vó era especialista em celular, e quando perguntavamos as coisas, ela ficava falando sobre as especificações dos celulares e ninguém entendia nada.
Numa dessas vezes, ela começou a falar e eu parei de prestar atenção. E então, por um momento, eu me senti culpada, pois ela está velha e em breve não estará mais entre nós, e resolvi que ia ouvir mesmo sendo chato, que iria aproveitar todo o tempo com ela. Fim.

Coelhos na garagem

Eu acordava e estava um dia ensolarado muito bonito.
Então, eu solto os coelhos na garagem e eles começam a comer as plantas.
Nessa hora eu percebo que as plantas da antiga dona da casa ainda está aqui, e que eu não gosto de plantas e pretendo devolvê-las a antiga dona. O irmão dela passa na frente da casa, e me diz para colocar as plantas num elevado que tem na garagem, dizendo que ficaria mais bonito. Eu coloco.
Os coelhos correm por todo o lado, eram dois, o Pitiquis e um machinho bebê muito pequeno.
A entrada da casa não era reta, e sim num formato octogonal, e o sol batia de uma maneira meio alaranjada.
Eu tenho medo que os coelhos passem pela grade e vão para a rua, então os coloco para dentro novamente. Fim.

O ataque dos zumbis insectas

Era noite ja avançada, estava num ônibus de viagem voltando para São Paulo. Apesar do cansaço, estava ansiosa para chegar logo. O ônibus estava na Marginal Pinheiros, e eu olhava a imagem iluminada da cidade que se espelhava no rio.
De repente, o motorista parou o ônibus. Podiamos ver bloqueios em toda Marginal, e ele nos avisa que a cidade esta sitiada a partir daquele ponto, e que deveriamos esperar a liberação para podermos entrar. Disse também que não era nada grave e que em breve deveríamos ser liberados.

Então, somos levamos a uma padaria bem grande de três andares para esperar. Ligo para casa, e peço para ser buscada, já que não pretendia ficar esperando um tempão ali estando tão perto de casa.
Subo para o último andar com meu café, e enquanto o saboreio ouço um barulhão vindo dos andares mais baixo.
Olho pela escada em espiral, e vejo outros passageiros do ônibus sendo atacados por pessoas ensandecidas, com roupas ensanguentadas, que os mordem... e essas pessoas começam a subir as escadas.
Aproveito que estou no último andar e procuro algum tipo de saída de emergência, e encontro uma porta que leva para uma escada marinheiro externa. Chamo as pessoas que estão ali, mas ninguém me dá ouvidos, eu viro as costas e vou desço as escadas.

Ao chegar no chão, consigo ouvir os gritos vindos de lá de dentro e resolvo correr pela rua, procurando algum tipo de lugar para me proteger. Fico pensando que esse deve ser o motivo de porque a cidade esta sitiada... está acontecendo um ataque zumbi, e aparentemente os bloqueios não estão conseguindo contê-los.
Resolvo voltar ao ônibus, provavelmente minha melhor chance seria sair da cidade.

Enquanto vou decendo a rua, os zumbis que estavam na rua começam a me perseguir. Percebo que eles andam mais rápido em linha reta e ficam meio confusos quando tem que mudar a direção, e passo a correr em zig zag para ter mais chance de sobrevivência.
Nessa correria, pego um pedaço de pau no chão e quando eles chegam perto, dou pauladas na cabeça deles com o intuito de assustá-los ou mesmo matá-los, porém eles aparentemente não sentem nenhum tipo de dor e um deles, mesmo com a cabeça estourada, continuou andando atrás de mim.

Fui decendo a rua em zig zag, me desviando dos zumbis, enquanto tentava planejar um caminho mais seguro de chegar no ônibus de viagem que ficara parado na avenida.
Os zumbis estão aumentando muito em quantidade, se aproximando cada vez mais, e eu não estou mais perdendo meu tempo batendo neles, pois perdi a esperança de conseguir abatê-los.
Ao final da rua, perto da esquina, vejo um carro semi aberto. Entro dentro dele e tranco as portas, com a intenção de despistar os zumbis e ter mais chance de fugir.

Enquanto estou dentro do carro, tento ligar novamente para casa, mas agora ninguem atende minha ligação. Temo pelo pior.
Coloco o celular no modo silencioso, para não ter perigo de ele tocar enquanto estou escondida e chamar atenção para mim, quando vejo um homem tentando entrar no carro desesperado. Fico assustada, mas percebo que ele parece normal e que os zumbis estão vindo na direção dele. Ele tenta olhar dentro da janela, e eu abro a porta para ele. Se a porta do carro estava aberta antes, provavelmente é porque tinha um dono.

 Ele entra e logo fecha a porta atrás de si. Não dou tempo que ele tente me expulsar do carro, e já vou dizendo que temos que ir até o ônibus de viagem para fugir dessa cidade infernal, quando ele me pergunta se tentei ligar o carro. Digo que não, e ele diz calmamente que está sem gasolina, que ali foi o maximo que ele conseguiu chegar dirigindo e havia saído procurando um posto, como não achou estava voltando para o carro para se refugiar dos zumbis que estavam lá fora.

Eu digo onde está o ônibus, não é longe, é apenas um quarteirão para chegar na Marginal e que podemos alcançar lá se corrermos. Por sua vez, o homem me diz que veio de lá e que está infestado de zumbis, sendo virtualmente impossível ir a pé.
Ele me mostra que a casa ao lado de onde o carro está estacionado tem um muro meio baixo, e que poderíamos subir em cima do carro, subir no muro e ir por cima do telhado das casas, afinal os zumbis não parecem ser escaladores.

Esperamos um momento mais propício, com poucos zumbis por perto. Saímos do carro, subimos no capô e pulamos para cima do muro da casa ao lado. Enquanto executavamos essa manobra, os zumbis começaram a se aproximar e imitar nossos passos, de forma que passaram a nos seguir em cima das casas também.

Ao percebermos que os zumbis nos seguiam, também reparamos que no meio da rua havia um zumbi muito maior que os outros. Ele além de ser mais alto e mais robusto que os outros, parecia que sua pele estava quase estourando por não suportar sua própria essência. Além disso, ele estava em avançado estado de putrefação e brilhava levemente azulado, mas como era de noite sua luminosidade não era tão sutil.

Além de ser um zumbi que se destacava no meio dos outros, ele ficava parado e parecia que, de alguma forma, ele conduzia os outros zumbis. Não tive dúvidas e atirei um pedaço de telha quebrada nele. O golpe não foi dos mais fortes, mas percebi que enquanto seu corpo recuava com o impacto, o corpo dos outros zumbis menores também recuaram da mesma forma.

Foi aí que percebi: eles são zumbis insectas! Seus corpos são coordenados por uma única mente, assim como uma colônia de formigas são coordenadas pela formiga rainha. O segredo seria não apenas alcançar o ônibus, como usá-lo para atropelar e destruir o zumbi-rei.
Enquanto pensava nisso e andava sobre o teto das casas, tomando cuidado para desviar dos cabos elétricos que poderiam nos eletrocutar, vejo que meu companheiro foi agarrado pelos zumbis que nos alcançaram. Já estávamos na metade do quarteirão, e ele grita para que eu vá e me salve, enquanto ele tentará segurar os zumbis o máximo que puder.

Continuo o caminho sem olhar para trás, até que chego no fim quarteirão. Não há tantos zumbis daquele lado, eles aparentemente estão todos reunidos ao redor do carro tentando subir por onde subimos. Pelo visto, eles aprendem apenas pela observação.
Não há forma segura de descer do telhado, eu me seguro nas grades do muro o máximo que consigo e me jogo ao chão. Caio um pouco sem jeito, ralando o joelho e as mãos, mas por sorte sem nenhum dano sério.

Corro o mais rápido que posso, ainda em zig zag, até o ônibus. Ele está vazio, com exceção do corpo do motorista totalmente devorado nas escadas de entrada. Com pressa, puxo o que resta de seu corpo para dentro do ônibus e aperto o botão de fechar a porta. Ela se fecha na cara do primeiro zumbi que chega no ônibus. Por enquanto estou segura.

Procuro nos bolsos daquele cadáver destroçado a chave do ônibus, e a encontro. Sento no banco do motorista, coloco a chave na ignição e torço para que dirigir um ônibus seja parecido com dirigir um carro, pois nunca dirigi algo tão grande antes na vida.
Apesar da dificuldade, o princípio é o mesmo. Fazendo muita força, consigo virar o volante e entrar na rua da qual sai.
O rei-zumbi-insecta ainda está no meio da rua com seu horripilante brilho azul.

Vou pegando velocidade com o ônibus conforme vou avançando, e sem dó nem piedade eu atravesso aquele corpo inchado e brilhante. Ele bate no vidro do ônibus e vai escorregando devagar pra baixo dele, deixando uma marca de um líquido azulado. Vou procurando a ré, enquanto so zumbis começam a rodear o ônibus, tentando proteger seu mestre.

Recuo com o ônibus, e vejo que o rei insecta ainda está pulsando, vivo, no chão. Avanço novamente, agora com cuidado para que ele não apenas seja atacado pelo impacto do ônibus, mas para que seja esmagado por debaixo de suas rodas.
Sinto o estremecimento do veículo, como se tivesse passado em cima de uma lombada. Sinto outra vez, quando passo com a roda traseira. Dou ré novamente, só para garantir que meu trabalho esteja completo, apesar de já perceber que os outros zumbis estão caídos no chão, mortos.
Não sei exatamente quantas vezes atropelei o rei-zumbi-insecta, mas foi o suficiente para que ficasse macerado, até que seu líquido azul gosmento parasse de brilhar há muito.

E então, em nome do herói anônimo que se sacrificou para que eu vivesse, sigo para a cidade, a procura de outros reis-zumbis-insectas para serem esmagados pelo meu ônibus assassino. Fim.

Velorio da Carmella

Levavamos a coelha Carmella morta para o veterinario, e ele dizia que ela estava morta mesmo. Entao, passavamos a noite la velando o corpo, e quando começa a ficar de manhãzinha, ela levanta e começa a andar.
Chamamos o veterinario, e ele diz que ela teve narcolepsia e estava viva, que podiamos leva-la para casa. Ficavamos muito felizes, e prometiamos a nos mesmos nunca mais confiar se ela "fingisse" de morta. Fim.
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Bem que eu queria que a coelha tivesse acordado... enquanto pegava o corpinho dela quantinho, fiquei tentando assoprar na boquinha dela, e apertar o pulmao/coraçãozinho dela, tentando reanima-la em vao. Ainda tinha a esperança de chegar na clinica e o medico dizer que ela estava em coma e logo voltada, mas nao foi o que aconteceu.
Ainda assim, foi legal ve-la viva no sonho... acordei menos triste.

Dragao Chines

Eu estava num treino de kung fu, e entao apareceram duas entradas, cada uma separada por uma divisoria.
Dai chamaram as pessoas conforme o estilo que treinavam, e eram divididos entre essas duas entradas. Em cada uma, as pessoas entrariam em formacao para se fantasiar de uma parte de um dragao chines. Haveria dois dragoes, o vermelho e o verde.
Eu torci para ser do vermelho, mas o meu estilo ia ser do verde. Ainda assim fiquei contente de participar. Fim.

Carmella se foi



Carmella
Chegou em: 02-01-2012
Partiu em: 17-02-2012

Era uma vez uma coelha de cor caramelo, tao pequena e fragil que apanhava dos proprios irmaozinhos coelhos. Ela foi tirada de sua mae coelha enquanto era ainda muito pequena, ainda mamava, e foi colocada numa cestinha com seus irmaozinhos na porta de uma pessoa.
Uma moca muito legal chamada Otavia pegou os coelhinhos, e passou a cuidar deles e alimentando-os com NAN para substituir o leite materno, pois eram pequenos demais para comer.
Eles foram crescendo, mas a coelhinha de cor caramelo era uma das menorzinhas, e junto com sua irmazinha que tinha cor igual uma vaquinha malhada, acabava ficando de lado entre a coelhada.
Entao, a Otavia as separou da ninhada, para que elas pudessem se desenvolver melhor.

A primeira vez que a vi em foto, fiquei apaixonada. Acabei optando por adotar uma outra coelha ja adulta, a Polly, pois filhotes tem mais facilidade para arrumar um lar, e eu queria uma companhia para o meu coelho, o Pitiquis, e nao me importaria de ser uma coelha ja com idade.
A Polly nao se deu bem com o Pitiquis, e tive que devolve-la. No dia que a levei de volta, tinha sonhado que pegava a coelha caramela e que colocava seu nome de Carmella. Foi triste deixar a Polly, e eu voltei pra casa sem o filhote, pois queria tirar o cheiro da outra coelha daqui de casa.
Assim que cheguei, o Re disse "cade o filhote?". Expliquei que nao tinha trazido, e ele falou "vai la buscar a coelha agora, vc esta triste pq nao trouxe, vamos la buscar".

Apesar de no comeco ele ter sido contra essa adocao, ele acabou aceitando e depois se apegando tambem. Ela era pequena e assustada, era tao menor que o Pitiquis que passamos a chama-la de "o bebe", assim mesmo, no masculino... talvez para contrastar com o fato de chamarmos o Pitiquis de "a Pitiqueira" as vezes.

O bebe e a pitiqueira se deram bem logo de cara. Se cheiravam curiosos, se lambiam. Em poucos dias ja faziam tudo juntos, comiam e bebiam do mesmo pote, na mesma hora. Dormiam juntos embaixo do sofa. Deitavam um do ladinho do outro, com as perninhas encaixadas. Labiam um ao outro.
Ela foi engordando e ficando um pouco mais escura, chegou num ponto que ambos tinham praticamente o mesmo tempo e a mesma coloracao.
Nao fosse a juba do Pitiquis e as machinhas brancas da Carmella, eles seriam identicos. As vezes chegava a confundi-los quando os via de costas.

Ela tinha a ponta das duas patinhas brancas, o papo e metade da boquinha. Na minha imaginacao, ela encontrou um pote de liquido branco e achou que era leite, mas na verdade era tinta. Entao ela foi correndo beber o liquido, bebeu tanto que ate escorreu no papo. Quando percebeu que nao era leite, tentou limpar com as patinhas e so conseguiu limpar um pedaco da boca, o resto do corpo acbaou pintado de branco.
De qualquer forma, era uma coelha bonita e extremamente macia, tinha um pelo muito fofo e lustroso.

No comeco ela nao gostava muito de mim, fugia quando eu chegava perto. Depois passou a aceitar carinho, e com o tempo chegava a vir perto quando eu assobiava. Mas foram nos ultimos dias que ficamos amigas...
Foi quando decidimos que iamos castra-la. Apesar do coelho ja ser castrado, resolvemos opera-la para evitar problemas futuros no utero, ou se algum dia adotassemos um outro macho, nao teria perigo de engravidar.
Foi operada no sabado, nos dias subsequentes nao sentia fome e tive que alimenta-la com seringa. Era como se fosse nosso pequeno ritual, todo dia de manha colocava ela em cima da mesa e fazia uma papinha e dava na boca dela. De dia ficava usando o colar elizabethano, pois no primeiro dia acabou arrancando os pontos e agora tinha que ficar com o colar.
A noite, ficava com do e tirava o colar, alimentava e passava o maximo de tempo que eu aguentava acordada pra que ela pudesse ficar mais a vontade. Ela andava, bebia agua, me lambia, ficava no colo, so a comida mesmo que eu tinha que obrigar.

Mesmo assim, toda a atencao nao foi suficiente. Hoje chegamos em casa para nos deparar com seu corpinho estiradinho assim de lado, mortinho. Ainda estava quente. Corremos para o veterinario, mas ja estava morta.
Levamos o Pitiquis para que ele se despedisse, e foi incrivel ver como ele entendeu que ela morreu, ele a cheirou inteira, empurrou, e depois a cobriu com o proprio corpo, assim de lado, de um jeito que nunca antes tinham ficado. Por fim, pulou no meu colo pedindo para ir embora.
Guardei uma mexinha de seu pelo macio de recordacao. Vai ficar junto com os pelos do Negao.

Estou muito triste, mas meu maior sentimento eh o de culpa.
Culpa de te-la levado para castrar, de nao te-la feito comer mais, de nao te-la levado em outro veterinario, de nao ter procurado ajuda pelo fato da falta de apetite. Culpa por nao ter brincado tanto com ela, por nao ter sido tanto amiga dela, por nao ter feito tanto carinho nela, por nao ter pego ela no colo mais vezes.
Culpa por ela ter tido uma vida tao breve, e eu fico pensando nas mil coisas que eu poderia ter feito para evitar esse fim tragico.
So espero que ela tenha se sentido amada, que ela tenha se sentido em casa.

Gostaria de me desculpar a algumas pessoas:

Primeiro, ao Reinaldo. Voce nao queria que eu pegasse outro coelho, eu fui la e peguei, e voce acabou se apegando a ela. Sei que voce nao queria que eu a castrasse naquele dia, talvez voce tenha tido algum tipo de pressentimento. Eu fui la e fiz mesmo assim. E agora te fiz sofrer =/

Em segundo, a Otavia. Voce cuidou de todos os filhotes com todo carinho e amor do mundo. Voce os alimentou como uma mae, e embora seja comum alguns filhotes nao vingar, voce fez com que todos crescessem lindos e sadios. Eu peco desculpas por, mesmo sem querer, nao ter honrado o trabalho que voce teve com ela.

Em terceiro lugar, ao Pitiquis. Coelhinho, me desculpa por ter trazido uma coelha pra dentro de casa, feito voces se apaixonarem e se tornarem inseparaveis, pra que depois ela morresse. Eu espero que voce nao sofra o que eu estou sofrendo, porque voce nao merece sofrer. Espero que voce seja forte e supere tudo isso.

Por fim, quero pedir desculpas a Carmella, aonde quer que voce esteja. Me desculpa por nao ter sido melhor, por ter deixado voce morrer, por ter te feito sofrer uma cirurgia enquanto tudo que voce queria era saltitar por ai e ser feliz. Gosto de pensar que voce esta em algum lugar bom com o Negao te fazendo companhia. Me desculpa por nao ter te proporcionado uma vida melhor.

Todos os males do mundo

Era uma vez uma caixa. Eu estava mexendo numas coisas e acho essa caixa, não a reconheço e fico curiosa, pego pra mim, mas não a abro.
Então, sou teleportada para outro lugar... um lugar etéreo, sem chão, sem céu, onde não posso enxergar mais nada além de mim e da caixa. Aqui, ao invés de uma caixinha pequena e decorada, eu vejo uma caixa enorme, magnanima.
E da caixa sai uma voz, não necessariamente audível, mas uma voz que fala comigo dentro da minha cabeça.

- Você encontrou a caixa que contém todos os males do mundo. Ela é sua agora, e é sua também a escolha de quem vai receber esse mal. Ao abri-la, você deverá escolher o quanto desse mal é seu, e o quanto é do mundo todo.

Por um momento fico intrigada com tudo isso, e quero começar do básico e pergunto onde estou.

- Você está fora do espaço tempo. E aqui você ficará até fazer sua escolha sobre o conteúdo da caixa.

- Quem é você?

- Sou a personificação da caixa em sua mente.

- E se eu não escolher nada?

- Ficará aqui para sempre.

Vejo que tem uma falha nessa história e arrisco:

- A caixa ainda está fechada, então não preciso escolher o destino dela.

- Realmente, você não precisa, mas ficará aqui com a caixa até abri-la e então liberar seu conteúdo.

- Se eu abrir a caixa tenho como consequência a responsabilidade de decidir sobre o mal do mundo, certo?

- Sim.

- Se eu não abri-la, então, não tenho dever nenhum sobre isso.

- Sim.

- Então, porque devo ficar nesse lugar?

- Pois esse é o lugar que pertence a caixa, e consequentemente, o dono da caixa. Ao abri-la, você se liberta da condição de dona da caixa e de responsável por todos os males do mundo.

- Você é a caixa de Pandora?

- Pandora foi uma das suas predecessoras sim, provavelmente a mais famosa. Mas não sou mais a caixa dela, agora sou sua.

- Quero abrir mão da condição de dona da caixa.

- Você não pode fazer isso, pois é a única pessoa aqui, só há você e a caixa, então ela deve ser sua.

- Então eu me recuso a abri-la e espalhar o mal que tem nela.

- Se não abrir, ficará presa aqui por toda a eternidade.

- A caixa não é justa. Se eu não escolho o destino de seu conteúdo, fico aqui para sempre presa, ou seja, é como se eu tivesse escolhido algum mal para mim também, embora eu tenha me recusado a fazer a escolha.

- A justiça não faz parte das atribuições da caixa. A regra é simples: você é responsável pelo conteúdo da caixa ao abri-la, e enquanto não abrir não pode voltar a sua vida normal.

- Você está tentando jogar a sua própria responsabilidade para mim. Se a única opção que você me dá é libertar o mal, a culpa dos males serem libertos é sua, e não minha que sou sua refém.

- Você pode escolher ficar com todo o mal para você, se é isso que te incomoda.

- Se eu escolher ficar com todo o mal, terei minha vida arruinada e nenhum agradecimento, pois a natureza humana é egoísta, e ninguém se importará com meu sofrimento. Não vejo como uma escolha viável.

- Então jogue o mal para o resto do mundo, afinal você mesmo diz que ninguém se importará com você.

- Se eu  liberar o mal para o mundo, ele desmoronará a minha volta, e todas as pessoas que conheço e amo estarão sofrendo. Carregarei para sempre a culpa de que poderia ter feito algo para amenizar o sofrimento deles, mas escolhi ser egoísta.

- Você sabe as consequências de sua escolha, basta escolher.

- Todas as consequências dessa escolha terível que você imputa a mim é o sofrimento. Se pego os males, eu sofro. Se libero os males, eu sofro pelos outros. Se eu fico aqui e me recuso a fazer a escolha, acabo sofrendo por toda a eternidade, sem ter direito a minha vida.

A caixa fica muda. Eu começo a pensar que deve existir uma possibilidade de sair dessa situação que não estou enxergando. Depois de algum tempo - quanto tempo? horas? dias? anos? aqui o tempo não existe e tudo parece eterno - decido como agir. Até então a caixa fez as regras, agora é minha vez de tomar as rédeas da situação.

- Já fiz minha escolha.

- Pode falar.

- Não abrirei a caixa, nunca, jamais, em hipótese alguma.

- Então você ficará eternamente aqui até resolver abrir a caixa.

- Já escolhi que não vou abrir a caixa, essa é a decisão final. E ao menos que VOCÊ não queira ficar aqui por toda a eternidade sem ser aberta, segurando todos os males do mundo sozinha, podemos negociar uma outra opção além daquelas que você já me apresentou.

- Não há outra opção. O dono da caixa deve abri-la e escolher o destino de seu conteúdo, isso é inegociável.

- Mas você pode transitar entre isso aqui e o mundo real?

- Sim.

- E você quer ser aberta?

- Sim.

- Pois então tenho uma proposta para você.

- Fale.

- Não vou abrir a caixa. Porém, você quer ser aberta, e eu quero voltar a minha vida normal. Você, sendo minha, virá comigo, seguirei minha vida, guardarei você. Um dia, em menos de 80 anos, morrerei, pois o ser humano raramente vive mais do que um centenário. Meus pertences automaticamente passarão a pertencer a outra pessoa. Você terá uma chance de ser aberta, uma chance maior de ser aberta em menos de 100 anos do que se ficar aqui comigo por toda a eternidade. Essa é a minha proposta, é pegar ou largar. Qualquer outra opção é, como você mesma diz, inegociável.

- Aceito.

Fim.

Morte em 6 semanas

O Rê estava viajando, e eu estava numa sala cheia de computador, como se fosse um laboratório de informática.
Então, ele aparecia na webcam e dizia pra mim que tinha passado pelo médico e que ele tinha apenas 6 semanas de vida.
Eu ficava desesperada, não sabia o que fazer, ele disse que ia dormir pois estava muito cansado, e que voltaria pra casa no dia seguinte.
Fico sozinha, pensando na vida, que eu não teria mais a pessoa que eu mais gosto perto de mim.
Então, a mãe dele chega e eu conto a notícia, ela me abraça e choramos juntas. Ela diz que não aceita perder o filho, que ele é a pessoa mais bonita do mundo, e que pessoas bonitas não deviam morrer assim. Eu concordo com ela.

Estou em casa, deitada na cama, e não consigo dormir. Pego o celular, penso em mandar uma mensagem de texto, mas resolvo não atrapalhar o sono dele, afinal ele vai morrer, não precisa morrer com sono. Me revolto por todo o tempo que podíamos ter passado juntos e estavamos dormindo ou fazendo outras coisas.
Fico pensando "estou sozinha agora, não é tão ruim, será que será assim? que eu não vou sentir diferença?" e daí me lembro que mesmo quando estou sozinha, toda vez que penso em alguma coisa, ou aprendo, vejo algo novo, ou mesmo tenho um sonho, a primeira coisa que quero é contar pra ele... e só terei 6 semanas pra fazer isso... depois, não terei pra quem contar minhas coisas e dividir minha vida. Começo a chorar. Fim.

Mulheres Ricas

Eu estava no meu antigo prédio, olhando pela janela, e percebo que está acontecendo uma filmagem para o programa mulheres ricas na parte interna do prédio.
É muito estranho, pois era um prédio bem simples, não é o lugar que você espera que pessoas ricas apareçam.
Então, eu saio da janela e percebo que a produção do programa havia deixado os cachorros das mulhericas no meu apto, mesmo sem pedir permissão nem nada.. e os cachorros estavam sujando tudo!
Fiquei muito brava, peguei as coleiras dos cachorros que estavam largadas num canto do chão (eles não estavam usando as coleiras), e fui na janela e joguei nelas. Assim que atingiu, começaram a fazer um escandalo e o povo começou a me procurar, e eu fugi. Fim.

Amigos desmaidos no show de rock

Estava andando em direção a entra do show de rock, e encontro alguns amigos que não via há muito tempo sentados na calçada. Um deles estava desmaiado.
Pergunto o que aconteceu, e eles dizem que desmaiaram de tanto cansaço, pois os shows eram ininterruptos de uma semana inteira, e eles estavam lá sem dormir e sem comer desde o dia que começou (era o 5º dia).
Deixo eles lá, e entro pra ver o show que queria ver. Fim.

Valeska Popozuda e sua dublê

A Valeska Popozuda resolvia que deveria partir para uma carreira internacional. Tentou aprender a falar inglês, mas não conseguia, não tinha jeito, as músicas ficavam totalmente incrompreensíveis.
Então, teve uma idéia: iria contratar uma dublê de corpo para cantar por ela, enquanto ela dança.

Fez diversas entrevistas, e resolver contratar uma moça de cabelos pretos, para contrastar com ela e não ser confundida. Escolheu finalmente a moça ideal, cabelo preto e de corpo não tão avantajado quanto o dela. Agora, estava pronta para gravar seu primeiro video clipe em inglês. Foi gravado numa cobertura de um prédio, em frente a uma piscina.

Esse clip fez tanto sucesso, que ela foi contratada para fazer o comercial de uma bebida. Nesse clip, apenas Valeska aparecia, fazendo playback de sua cantora contratada. Fim.

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Na boa? Como que eu fui sonhar com isso?
Nem funk eu gosto! huauhauha

O Cortador de Grama

Durante a infancia quis ser astronauta, cresceu e percebeu que nao seria, exigia muito estudo e sua situacao financeira nunca lhe permitiria. Virou mecanico. 
Um dia, mexendo num cortador de grama, resolveu fazer dele um foguete e o mandou para o ceu estrelado, onde sempre sonhara ir... realizara seu sonho atraves de um cortador de grama. Fim

 

A Ilha

Era um dia de sol, bonito, calor. Eu estava saindo da estacao de metro. Ao fundo, ouvi o som de um aviao, mais alto do que deveria estar. Acho estranho, pois estamos na Ilha e aqui nao eh rota de avioes, e comeco a observar.
Vejo que ele esta voando de maneira irresponsavel, e aponto. Outras pessoas ao meu redor param para olhar, com um misto de admiracao e preocupacao pelo que esta se passando nos ceus.
O aviao comeca a perder altitude, parece que vai cair quando surge um outro aviao, maior que o primeiro, com aspecto militar, e passa a ficar embaixo dele, como que segurando o aviao de cima, impedindo que ele caia.

Comeco a lembrar das noticias de ataque terroristas com avioes por todo o mundo. Estamos num dos maiores cartoes postais do pais - a estacao de metro que serve de ligacao entre o continente e a Ilha - um ponto vital e possivelmente um alvo valioso. Se o aviao for jogado na estacao da praia, alem de afetar o transporte da cidade causando um caos incontrolavel, vai matar muita gente importante, pois aqui nao temos apenas trabalhadores bracais, e sim as maiores mentes do pais.
Talvez a nossa unica chance de sobrevivencia seria correr para a praia. Nao seria possivel salvar a estacao, mas a vida de todos que estao na rua observando sera poupada.
Estando na agua, ela ira amortecer os estilhacos e uma possivel explosao e fogo vindo do metro.

Entao, comeco a gritar pras pessoas irem pra praia e entrar no mar.
Entramos, muita gente mesmo, de roupa e tudo, na agua, ficamos de maos dadas para apoar uns aos outros. Pra todo lado que se olha tem gente, o mar esta calmo e isso encorajou ainda mais as pessoas a entrarem, e tentarem se proteger com esse escudo hidraulico.

Os dois avioes continuam na batalha, o de cima, menor, perdendo altitude, e o de baixo tentando levanta-lo e empurrando-o para o lado. Ficamos na agua assistindo ao espetaculo, quando pecebemos que os dois avioes estao indo em direcao a praia.
Nesse momento ja eh tarde para fugir, e os dois avioes caem no mar. Por alguns segundos parece que saimos ilesos, o barulho eh amortecido pela agua e nada acontece. Todos se entreolham, assustados porem felizes, afinal o aviao maior conseguiu evitar a tragedia da destruicao da comunicacao da Ilha com o continente.
Entao, de repente, vem uma onda muito alta, mas ela nao quebra, e todo mundo consegue boiar, sendo levado para cima. E de cima, podemos ver que ela funcionou mais ou menos como um tsunami, e comeca a invadir as ruas com agua. A onda se formou devido a queda do aviao, afinal a agua teve que se deslocar para algum lugar, e passou a inundar tudo.
Ao mesmo tempo, pedacos do aviao em chamas comecam a cair por todos os lados, acertando as pessoas.
Apos alguns segundos de calmaria, a agua volta para o fundo, puxando numa correnteza muito forte, derrubando e engolindo os desavisados, desde os que estavam na agua, ate as pessoas que se encontravam nas ruas.

Estou aguentando firme, e comeco a perceber o quanto fui ingenua, nao haveria escapatoria. O aviao menor seria arremessado contra a estacao para arrasar o sistema de transporte da Ilha mais importante do mundo, porem possivelmente como um plano B, no caso de ser interceptado por um aviao militar robusto, ele iria aproveitar o peso dos dois para criar uma inundacao e destruir a ilha por completo.
Na tentativa de fugir do aviao, levei as pessoas para o mar, e sem saber, levei-as para o centro do ataque. Da mesma forma que o piloto do aviao maior, pensando em desviar o aviao terrorista da estacao do metro, jogou-os onde nao havia ninguem, sem prever que uma inundacao mataria a todos afogados.
Enquanto isso se passa na minha cabeca, mais uma onda enorme veio de tras, eu perco a mao que me dava apoio. Ainda podia ver as pessoas, mas ja estou distante de qualquer alma viva. O fogo continuava caindo do ceu, as pessoas gritam desesperadas... para mim, esse som esta bem ao longe, os segundos parecem se estender por muito tempo na pequena calmaria entre uma onda e outra.
Quando agua volta novamente, puxando pro fundo a adrenalina torna a correr nas minhas veias, enquanto sou arrastada e engulo muita agua. Ja nao consigo enxergar nada, ha sal e fumaca em meus olhos. Sinto apenas a agua salgada com gosto de areia na boca. Uma nova onda enorme, dessa vez ela quebra bem onde estou, parece que levei uma chicotada e sou carregada pela agua, momento em que perco a consciencia.

Acordo, a ultima coisa que lembro eh do gosto de areia na boca. Nao consego enxergar nada, tem uma luz muito forte em meu rosto, tudo comeca a rodar. Desmaio.
Acordo de novo, percebo que estou num hospital, tento falar e nao consego.
"Sera que estou muito fraca ou sera que me machuquei seriamente? Posso estar em coma ou paralisada. O que sera que houve com as outras pessoas? O que aconteceu com a Ilha e seu projeto altamente confidencial?"

Foi durante esses questionamentos que comecei a perceber a passagem do tempo. Sinto que fiquei muito tempo desacordada. Todas as coisas assustadoras e secretas que sao realizadas na Ilha provavelmente foram destruidas, ou pior, descobertas. O trabalho da vida de tanta gente, inclusive a minha, jogado fora naquela fatidica tarde. Suponho que nao vale a pena viver num mundo onde o trabalho da Ilha foi destruido... e, ainda mais assustador, concluo que um mundo onde os segredos da Ilha foram descobertos nao tem lugar para pessoas como eu. Escolho perder a consciencia novamente, e dessa vez para sempre. Fim.

Amigos abandonando minha casa

Eu fazia uma festa em casa, e chamava todos os meus amigos.
Eles estavam todos lá, alguns no computador, outros assistindo filme, outros numa piscina que havia no quintal.
E então, toca a campainha e chega uma amiga que não vejo há muito tempo.
Fico tão feliz de vê-la, e aviso a novidade: "surpresa, olha quem chegou!"
Então, meus amigos começam a dar desculpas e ir embora da minha casa, e no final a festa esvazia e fica só eu e ela.
No fim, eu penso "nossa, estraguei a festa, não devia ter chamado". Fim.

Sobrinho mais velho

Eu estava brincando com meu sobrinho mais velho, e ele ainda era pequeno.
Eu pegava ele e jogava ele pra cima e pegava quando caia, ele ria muito e eu dizia "ja já você cresce mais e a tia não vai mais aguentar jogar você assim pra cima e pegar".
Daí ele perguntava: "Mas tia, se eu cresco, sua força também não cresce?"
E eu respondo "Minha força já cresceu e agora estagnou". Fim

Sobrinho novo

Eu e o Rê íamos na maternidade conhecer nosso sobrinho novo.
Era em algum momento de um futuro um pouco longíquo e as tecnologias médicas haviam avançado bastante.
Tanto que, quando entramos, minha cunhada estava super bem, se sentindo normal, apesar de ter acabado de parir.
A criança, por sua vez, nasceu já com cerca de 1 ano de idade, já falava e era muito bonita, cabeludinha e muito esperta. Fim.