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Psicopata

Era uma tarde nublada, eu e o Re estavamos andando numa rua movimentada. Ele - o psicopata - mandou novamente uma mensagem pra nós, pelo celular.
Ele dizia que teria mais 4 vítimas, e que nós não escaparíamos dessa vez.

Ficamos desesperados. E agora?
Ter escapado uma vez tinha sido muita sorte. Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar! Dessa vez íamos morrer!

- Rê, vc tem férias pra tirar?
- Tenho. Por que?
- Vamos tirar férias e sair do país, até... até ele ser preso.
- Não podemos parar de viver por causa de um lunático.
- E o que vamos fazer? Viver com medo?
- Nós vamos atrás dele. Escuta: vc se lembra como ele nos pegou da primeira vez?
- Claro! Estava chovendo, fomos comprar um guarda chuva e então já tínhamos sido levados... foi tudo muito rápido.
- Vc se lembra do rosto do vendedor?
- Não muito. Ele era jovem, usava um boné preto, cabelo despenteado... Não sei. Vc sabe que não sou boa fisionomista.
- Nós vamos descobrir quem ele é!

Fiquei pensando no que teríamos que fazer enquanto isso. Talvez abandonar a casa, morar num quartinho com uma única entrada. Comprar uma arma, e fazer turnos de vigilância. Era o único jeito.

Começou a chover. Paramos parar comprar um guarda chuva num camelô.
- Vai escolhendo enquanto eu pago.
- Ok.
(...)
- Rê? Rê? Cadê você?

E então ele e o vendedor de guarda chuva haviam sumido.
Em volta, tudo o que eu via eram guarda chuvas abertos, não conseguia reconhecer ninguém. E a água caindo do céu se misturava às minhas lágrimas enquanto eu percebia a realidade: o psicopata chegou antes. Fim.

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