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Kung Fu, Assalto e Sentença de Morte

Eu estava num lugar bem grande de treinamento de Kung Fu, era tipo uma Irmandade, havia regras rígida e tudo o mais.
Todos os anos, uma pessoa era escolhida para fazer um certo papel lá na Irmandade, era algo muito sofrido e a pessoa inevitavelmente morria no fim.
Apesar disso, todo mundo exaltava essa posição, e todo mundo queria ter a "honra" de ser escolhido, mesmo que fosse morrer.

Eu achava aquilo absurdo, no começo eu não acreditava que realmente morresse, até que pessoas que eu conhecia iam se candidatar e perguntaram se eu não queria ir junto.
Quando eu vi que era a sério, fiquei horrorizada, revoltada. Não conseguia entender o que levava as pessoas a desejar uma coisa dessas.

Então, fui perguntar ao mestre:
- O que leva uma pessoa a querer algo assim?
E ele se sentiu ofendido pela pergunta, como se fosse algo tão natural e eu fosse um aberração por não entender e ainda ousar perguntar.
Ele me deu a maior bronca e fui mandada para casa, como "de castigo".

Cheguei em casa, e escrevi um texto comentando que eu não entendia e não concordava com tamanho sacrifício, que eu nunca iria querer aquilo pra mim, e se pessoas próximas de mim querem passar por isso, não vou impedi-las, posso apenas lamentar.
Meu desabafo foi postado no twitter, e ganhou uma grande repercussão.
No dia seguinte, o telefone ligou e fui avisada que fui expulsa da Irmandade de Kung Fu, e a punição pela expulsão é a morte.

Fiquei preocupada, tinha que fugir de tudo que conhecia e começar uma vida nova em outro lugar, onde ninguém me conhecia.
Então, um amigo se ofereceu de que eu o acompanhasse num assalto, e eu ganharia um bom dinheiro.
Segundo ele, não seria difícil, bastava ir a casa de uma família e levar uma caixa de sapato com roldanas dentro, eles nem iam perceber. Cada roldana custava 50 mil dólares, e vinha umas 20 roldanas na caixa.

Ele não tinha muito planejamento, e iríamos em três pessoas.
Ele conhecia a filha da família, iríamos lá para almoçar com eles e tentaríamos furtar a caixa. Caso não conseguíssimos, seria um assalto a mão armadas.
Estava preocupada, e fiz para mim um álibi.
Havia um cara que gostava de mim, e eu nunca tinha dado bola pra ele.
Então, eu combinei de ir ao cinema com ele, e disse pra que ele comprasse os ingressos do filme e me esperasse na porta do cinema.
O filme começaria antes do assalto, eu pretendia chegar lá um pouco atrasada, mas a tempo de ver o filme, de forma que eu usaria os ingressos do cinema como álibi, e o menino não iria me dedurar, pois gostava de mim.

O problema é que me fizeram ir com meu próprio carro até o assalto. Chegamos, ficamos lá enrolando a família, e ninguém tomava atitude.
Foi dando a hora que teria que sair de lá e nada.
Então, enquanto estavam todos na sala conversando, me esgueirei para o quarto onde sabia que estava a caixa.
Peguei a caixa, mas quando comecei a sair, o dono da casa viu.
Saí correndo, junto com meus comparsas... porém, como estávamos fugindo, se entrassemos no carro, veriam que era meu carro e conseguiriam me localizar.
Saímos correndo pela rua mesmo, com a família em nosso encalço.

Conseguimos despistá-los, estavamos numa avenida bem grande, arborizada. E para minha surpresa, encontro o mestre do kung fu que queria me matar.
Tento fugir dele, e corro para a parte da avenida que tem bastante carros, dou sinal para vários táxis, e finalmente um para.

Entro, aliviada. Peço para ir ao shopping, na hora eu esqueço o nome do shopping, mas no fim me lembro e vamos pra lá.
Encontro o mocinho na porta do cinema, dá tudo certo.
Vimos o filme, e quando saímos de lá, a polícia me prende, com algema e tudo.

Enquanto estou sendo levada, grito para o meu encontro: "arrume um advogado pra mim!".
Eu sabia que não podia ficar presa, pois senão a Irmandade me acharia e eu seria morta ali mesmo.
Eu me mostro indiganada com o policial, fico dizendo que ele não tem porque me prender, que eu não fiz nada, só fui ao cinema,
Ele diz que meu carro foi encontrado em frente ao local de um assalto.
E então eu tiro da bolsa um B.O. onde mostra que meu carro foi roubado naquela manhã.

Fico chorando e fingindo indignação até que me soltam - minha atuação é tão boa que até eu fico admirada - chega o advogado que o mocinho arrumou, e eu digo que não vou nem pagar fiança nem nada, que me recuso, pois sou inocente e não tem nada que possa provar que eu fiz alguma coisa errada.
Me soltam, pego minha parte do dinheiro com meus comparsas, e fujo pra sempre da Irmandande do Kung Fu. Fim.

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Foi um sonho bem maluco
Apesar do contexto bizarro, essa parte de não aceitar e não compreender algo que para muita gente é normal sempre acontece comigo.

Vou contar uma história real.
Era uma vez eu e minha mãe assistindo a um filme do Woody Allen. Eu devia ter uns 8 anos de idade.
Nesse filme o personagem se descobre infértil, e ele fica muito triste, e diz que os melhores segundos da vida dele foi quando a mulher dele achava que estava grávida até descobrirem que não.
Daí eu disse expontaneamente:
- Nossa, que cara infeliz! Se esse foi o melhor momento da vida dele, a vida dele é uma merda.
Nessa hora minha mãe ficou horrorizada, ficou brava, começou a brigar comigo, dizendo que eu não tinha idéia de como isso era algo importante, como era sim a melhor coisa que podia acontecer com uma pessoa e que eu era muito nova pra entender.

Acontece que eu nunca entendi.
E muitas vezes na minha vida, certas convicções que tenho desde que me conhece por gente, causam esse tipo de reação nas pessoas: ficam horrorizados!
E eu fico horrorizada de volta, como pode algo tão natural pra mim deixar alguém tão exasperado?
Desde esse dia que citei acima, aprendi a guardar minhas idéias só pra mim, e me recuso a viver sob a dependencia de alguém (pra nao ser obrigada a fazer coisas que nao quero).
As vezes até finjo certas emoções e certos comportamentos, para não causar estranheza e questionamentos.

Esse sonho tem tudo a ver com esse sentimento... eu falo algo que parece completamente normal pra mim, uma questão de lógica, e as pessoas se sentem ofendidas pela minha opinião, e querem me caçar e matar pelo que penso.
No final, minhas idéias são totalmente inofensivas pro mundo, já que não atingem ninguém, só a mim.
E as pessoas, a grande maioria esmagadora da população, que se sentem "ofendidas" pelas minhas idéias, é que acabam me machucando, me reprimindo, me censurando.

Vermes

Eu entrava no meu quarto, e do lado da cama via algo branco no chão.
Me aproximava para ver melhor, e quando abaixava... tcharam.. era um verminho branco, que se movimentava.

Fiquei com muito nojo, e chamei o Rê para tirar o verme para mim. Ele me disse que eu tinha que superar esse nojo de vermes, e que sempre tem muitos vermes nas batatas, e já que eu gosto de batatas, tinha que me acostumar com isso, e que a melhor maneira de superar o nojo seria eu mesma tirando o verme.
Então ele me deu dois papeis meio grossos, era pra eu usar um para empurrar o verme no outro e então jogar no lixo.

Fui lá e tirei o verme, e na hora não tive nojo, me senti bem por conseguir fazer sozinha.
Nessa hora fiquei com dó do verme, de joga-lo no lixo e matá-lo, e o joguei pela janela, e gritei:
Vá verme, vá e seja livre, vire uma borboleta e saia voando. Fim.

Não preciso mais ir pra escola

Eu estava em casa e precisava chegar na escola para ter aula, mas por algum motivo eu não conseguia.
Aquilo ia me dando uma angustia, eu ficava desesperada, achando que nada ia dar certo, porque eu precisava ir pra aula.
Então, uma sensação incrível de relaxamento toma conta de mim, e eu percebo que não preciso ir pra aula.
Eu penso "eu não preciso ir, já fechei todas as matérias, não tenho muitas faltas, se eu não for hoje tudo bem, não vou me prejudicar". Fim

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O mais entranho desse sonho é porque era um sonho recorrente que eu tinha, esse de que eu precisava chegar na escola e não conseguia, ou eu estava na aula e pensava que não conseguiria passar de ano.

Eu sofri com isso de verdade, tive muita dificuldade para me formar no colegial, eu passava por altas angustias em relação a isso. Por um lado, meus pais me falavam que se eu repetisse, eles iam me tirar da escola.
Por outro, eu realmente me esforçava naquilo que eu não era boa, e muitas vezes não conseguia tirar nota.
E por mais um lado, eu odiava perder parte da minha vida assistindo aula, e sempre que podia eu cabulava aula e ficava zoando mesmo.

Foi um sacrifício muito grande que fiz para conseguir me formar. O dia que eu peguei o diploma, tive uma sensação incrível... eu nem acreditava que tinha um diploma!
Mas mesmo assim, esse sonho me perseguiu por todos esses anos! Faz tipo 8 anos que eu terminei a escola e ainda tinha esses sonhos!

Recentemente eu inventei de fazer um técnico, já que eu nunca estudei nada, só tenho o ensino médio.
Mesmo sendo concursada, sentia a necessidade de ter uma "profissão", mesmo que nunca use na vida.

Daí fiz o técnico em contabilidade, e a sensação de que não ia conseguir terminar era muito grande, apesar de não ter tido dificuldade real nas matérias.
Quando eu consegui terminar, foi um alívio enorme.
Hoje sou técnica em contabilidade, tenho inclusive inscrição no CRC (conselho regional de contabilidade) com direito a carteirinha funcional e tudo, e como que para coroar essa nova fase, tive esse sonho.

Agora estou fazendo faculdade a distancia, não tenho mais medo! :)

Expedição para salvar pessoas num ataque de zumbi

Era um mundo dominado por zumbis.
Eles são lerdos, não correm, não são muito selvagens.
Porém, fedem e são nojentos. E tem aquele brilho no olho, da dó, parecem vivos.

Eu não gosto do acampamento que os humanos remanescentes fizeram. Me sinto mal lá, tentando viver uma vida que não existe mais, enquanto pode ter gente nas cidades, precisando ser resgatadas.

Além disso, não tenho medo dos zumbis. Eles são estúpidos o suficiente para você passar correndo perto deles, e nada como uma paulada na cabeça para que parem de se mexer. É só tomar cuidado, usar roupas compridas e grossas para não ser arranhado e evitar entrar no território deles a noite, porque não temos mais eletricidade.

Minhas incursões na cidade também servem para pegar remédios, mantimentos, suprimentos em geral. Distribuo entre os que precisam, nunca reconheci a liderença do acampamento, que como esperado é corrupta e pouco me ajuda.

Vou sempre sozinha, tenho dificuldade em confiar nas pessoas e não gosto de carregar peso morto.
Estou andando de moto por uma rua, eles me vêem, andam na minha direção, abrem a boca e balbuciam sons sem sentido.
Enquanto andam se arrastando por aí, dá para ver que escorre um líquido pegajoso deles, um tipo de chorume.

Há pouco tempo encontrei uma loja de armas, coisa rara num país onde arma é praticamente proibida pro cidadão comum. Existem poucas armas no acampamento, e ficam na mão de poucos também. Nunca levei as armas que achei pra lá, tenho meu próprio esconderijo... independente de quem tiver as armas, quanto menos melhor.
Antes de achá-las, eu estourava a cabeça dos zumbis com pedaços de pau cheios de prego ou com um velho taco de baseball que tinha em casa (esse foi o que salvou minha vida quando o surto começou).

Agora com armas e munição, tenho treinado minha pontaria. As vezes atiro neles por diversão. Já me peguei na curiosidade de olhar o corpo deles, apesar do odor repugnante: suas feridas recentes tem pus, e as mais antigas já estão carcomidas pela gangrena.

Percebo em volta de um prédio que há lixo recente, latas e garrafas, até papel higiênico. Provavelmente jogados de uma janela.
Resolvo que vou entrar no prédio, se tem gente refugiada lá, mais cedo ou mais tarde vão ficar sem comida e vão precisar sair. Melhor que saiam comigo.

É um prédio único, sem portaria. Chuto a porta na fechadura até que ela abra, está escuro lá dentro, o máximo que consigo enxergar é da luz do sol que vem de fora.
Na rua não tem ninguém, deixo a porta aberta para atrair quaisquer criaturas que houver lá dentro.
Espero.
Sai um homem, não consigo definir se é um homem negro ou se a cor se deve a sua pele estar em carne viva. Ele se movimenta muito devagar e eu espero mais um pouco, porque se atirar nele na porta do prédio, vou ter que mover o corpo pra poder entrar e não estou a fim de sujar minha roupa hoje.

Ele sai, atrás vem mais um... ótimo, enfilerem-se para o abate.
Atiro em um, atiro no outro.
Espero mais um pouco, aparentemente não vai mais sair ninguém.
Entro com cuidado, está vazio. No andar térreo não tem apartamentos, subo pelas escadas para o próximo andar. Nos corredores não tem zumbis, o cheiro está até tolerável.

São dois apartamentos por andar. O primeiro deles está com a porta semi aberta, só fechado com aqueles trinquinhos de corrente na porta. Bato devagar na porta, mesmo sabendo que não vou encontrar boa coisa ali.
Vem uma mão de mulher pra fora, unhas quebradas, sujas de sangue em volta, depois chega o rosto meio mutilado, a boca aberta babando um líquido escuro.
Dou um tiro na testa e acabo com o sofrimento da pobre coitada.

Puxo a maçaneta e fecho a porta. Com um spray, faço um X vermelho ali, que pode ser interpretado como "não entre - aqui só tem carniça", ou qualquer outra coisa pior.
Vou para a próxima porta, bato 2 vezes e me afasto numa distância segura.
Ouço uma voz gritando lá de dentro:
- Não tem pão velho.

Em meio a tanta desgraça, aquilo foi absurdamente engraçado. Uma pessoa viva, e com senso de humor. Ótimo, era o que eu precisava para salvar meu dia.
A porta se abre, um homem de uns 30 anos, cabelos claros totalmente despenteado e barba por fazer, fica parado entre a porta e o apartamento me olhando desacreditado.
Guardo a arma na cintura:
- Tem um acampamento com pessoas vivas, você não precisa mais ficar nesse Castelo dos Horrores.
- Obrigado, mas não obrigado.
E fecha a porta na minha cara.

Bato na porta de novo, agora com o revolver na mão.
Ele abre, agora com uma cara 50% entediada, 50% insana.
Novamente sou eu que tem que começar a conversa:
- O que você vai fazer quando acabar sua água e comida? Vai pedir uma xícara de farinha pra sua vizinha zumbi?
- Eu não me importo, aqui tenho minha família e quando não aguentar mais vou me entregar pra eles.
Ele escancara a porta e vejo várias pessoas sentadas nas cadeiras da mesa de jantar, presas por correntes. Estão todos cobertos de sangue, desgrenhados, roupas sujas. Há 3 adultos, e uma criança. Quando olho com atenção, a criança não tem lábios, parece que foram arrancados com os dentes, comidos.

O senhor entediado-insano se senta no sofá e começa a falar, mas não comigo.
- E então Beth, o que você acha da nossa convidada para o jantar?
Então ele faz uma voz de mulher e responde a si mesmo:
- Adorável, meu amor. Vou por mais água no feijão.
Agora com uma voz infantil e esganiçada:
- Papai, papai, posso mostrar pra ela minha boneca nova?

Aquilo é deprimente demais, e desse aí posso salvar o corpo, mas a mente já era.
Faço um favor para mim mesma e fecho a porta do apartamento, faço um X vermelho. Ele não vai durar muito tempo, aposto que será a sobremesa do jantar.

Subo mais um lance de escadas.
Um dos apartamentos desse andar nem tem mais porta, foi derrubada. Faço algum barulho e fico esperando. Ninguém.
Entro, está tudo revirado. Na pia tem restos de comida mofados, muitas moscas.
Desde que os zumbis apareceram todo lugar que se vai tem moscas, primeiro porque esse monte de defunto ambulante atrai inseto, segundo porque provavelmente a dedetização começou a vencer e ninguém está aqui para passar veneno de novo.

Saio e fecho a porta, não faço nenhum sinal nessa, está livre.
Na casa ao lado, nem vou bater... tem alguém - ou alguma coisa - se jogando na porta. É possível ouvir - tum - e algo que cai no chão. Arranha o chão para levantar - tum - o corpo bate na porta e cai no chão de novo.
X vermelho na porta. Próximo andar.

Duas portas fechadas.
Bato em uma, o buraco do olho mágico escurecesse.
Fico atenta, arma na mão.
A porta se abre, um homem de meia idade aparentemente saudável me vê, se assusta com o revólver e fecha a porta de novo.
Guardo a arma, bato de novo
- Guardei a arma, tá tudo bem, isso é só pra se proteger das criaturas.
O ritual se repete: o buraco do olho mágico escurecesse e a porta abre.
Vejo uma família, pai, mãe e 2 filhas, uma adolescente aparentando 15 anos e outra com cara de 9 anos.

Eles me convidam para entrar, aceito, parecem todos saudáveis.
- Você está perdida? Não temos muito, mas se você quiser ficar... - oferece o pai.
- Não, não... Há um acampamento. Tem comida, água, remédio. Se vocês quiserem ir, posso levá-los até lá.
- Mas como? Andar nessas ruas cheias de mortos é loucura! - diz a mãe.
- Tem uma van, não muito longe daqui. Usei recentamente para levar coisas para o acampamento. Dá para irmos todos pra lá, e ainda sobra espaço para para as malas, se quiserem levar alguma coisa

Toda vez que escolto alguém pro acampamento fico sentindo um pequeno arrependimento. Gosto do desafio e da emoção de desbravar a cidade sozinha, mas quando tem gente comigo, me sinto responsável por elas, e deixa de ser divertido.
Eles parecem boas pessoas, e o arrependimento quase foi embora, até que...

Eles me deram um pouco de refrigerante quente para beber enquanto arrumavam algumas malas. Roupas, sapatos e o resto do que tinham de comida.
Parecia uma família se arrumando para uma viagem para a praia. Ouvia a mãe dizendo para as filhas não levarem o que não fosse usar, a filha menor implorando para poder levar suas bonecas.
Alguma coisa já estava arrumada quando o pai veio falar comigo.

- Elas já estão terminando. Estou preocupado, como vamos correr carregando malas nessas ruas perigosas?
- Vocês não vão andar, vão ficar aqui enquanto eu busco a van. Estacionarei na porta do prédio, e só então vocês descem.
- Você vai sozinha? Por favor - começou a chorar - não nos abandone agora... Deixe-me ir com você. Não posso deixar que a única esperança que minhas filhas tem de sobreviver simplesmente saia pela porta. Vou junto.

Não gostei da idéia, nunca gosto, mas o homem chorava e não consegui dizer não.
Ele se despediu da família, e descemos juntos. No térreo, ele apontou para uma porta corta fogo, que além de fechada tinha algumas ripas de madeira ajudando a mantê-la fechada.
- Ali é a garagem do prédio, podemos pegar meu carro ao invés de nos colocar em risco na rua.
- Alguém fechou essa porta e teve o cuidado de colocar essas madeiras, você realmente acha uma boa idéia entrar aí?
Falei enquanto abri a porta para a rua. A luz do sol, o vento e a visão dos dois corpos no chão não fizeram bem para meu novo companheiro de jornada. Ele entrou em pânico, se jogou no chão em posição fetal e começou a se balançar devagar pra frente e pra trás.

Fechei a porta, me ajoelhei, toquei em seu ombro. Ele se acalmou um pouco, se sentou e olhou pra mim.
- Eu sei que é difícil, mas não tem problema, sobe lá e fica com sua família... eu volto em 5 minutos, ou menos. Estou acostumada a andar por essas ruas e já limpei o caminho quando cheguei. E se eu for sozinha, vou de moto, chego ainda mais rápido. Fica tranquilo.
Ele se acalmou, ficou de pé e concordou comigo. Mandei ele subir de volta para o apartamento e saí.

A rua estava deserta, peguei a moto e fui para o lugar que estava a van.
As grandes avenidas estavam apinhadas de carros bloqueando a passagem, todas as rotas possíveis era usando ruas de bairro, nisso a moto era uma grande facilitadora.
Tive que ter o cuidado de traçar mentalmente um caminho onde uma van conseguiria passar.

A viagem foi tranquila, alguns zumbis me viram mas nenhum conseguiu chegar perto.
Deixei a moto num canto, entrei na van. Poucos veículos ainda tinham bateria e combustível, e por isso eu não levava a van para o acampamento. Eu a deixava na rua para ninguém sumisse com ela. Afinal, mais difícil que achar uma agulha num palheiro, é achar uma certa agulha no meio de outras agulhas.

Cheguei com a van até o prédio, entrei e para minha surpresa a merda da porta da garagem estava aberta.
Muito bem, o senhor acaba de por sua família em perigo.
Voltei para a van e peguei uma lanterna que estava no porta luvas. Teria sido melhor para mim se tivesse simplesmente fechado a porta da garagem e levado as mulheres embora.
Com a luz da lanterna, pude ver o pai de família no chão, deitado, morto, e quatro ou cinco cidadãos do inferno se alimentando de suas vísceras, eles nem olharam para mim. Eu definitivamente podia ter passado sem essa.

Fechei a porta corta fogo. Fiz um X vermelho, subi.
Bati na porta, olho mágico, trinco, porta aberta.
- A van está lá embaixo. Vocês vão ter que se virar com as malas porque alguém tem que segurar o revólver.
- Cadê meu pai? - disse a garota adolescente.
- Lá embaixo, vamos logo. - De certa forma, não era mentira.

Fui a primeira a sair na rua, pedi que elas esperassem um pouco lá dentro.
Havia alguns mortos na outra esquina, andando de forma errante, calculei que até nós verem e andarem em nossa direção já teríamos saído dali.
Sem fazer muito barulho, abri a porta de trás onde se coloca as cargas, e a porta do passageiro.
Entrei no prédio e mandei que viessem rápido e sem fazer barulho, entrassem pelo compartimento de carga com as malas e fechassem a porta atrás de si.

Quando saímos, a mãe e a criança entraram, porém a adolescente olhou em volta e começou a gritar:
- Cadê meu pai?
Eu esperava que estaríamos já com o carro em movimento quando eu contasse a historinha que inventei de que o pai se sacrificou para que elas se salvassem. Mas não teve jeito.
- Entra no carro e eu te falo.
- Não! - ela gritava - Cadê meu pai? Onde você colocou ele?

Com tanto barulho, os zumbis nos viram e começaram a andar em nossa direção. A distância era de mais ou menos meio quarteirão, em geral eles eram lerdos, mas sempre tinha um ou outro que andava quase como uma pessoa normal e por isso não podíamos perder tempo.
Fechei a porta de trás da van, e puxando pela gola da camiseta, comecei a arrastar a menina pra dentro do carro pela porta do carona que estava aberta.

Ela começou a se debater e gritar:
- Está ali - apontando para onde os mortos estavam - Por que você quer largar ele aqui? Por que?
E saiu correndo na direção aos zumbis. Nessas horas eu penso que o mundo está de ponta cabeça, mas a seleção natural não falha.
Peguei a arma, atirei em um, ele caiu no chão. Fui atirar no outro, acabou as balas. Droga.
Não tinha tempo para recarregar e ter certeza de que não estaria colocando em perigo o que restou da família.

Entro no carro pela porta do carona, fecho, vou pro lado do motorista. Consigo ouvir a criança chorando, e a mãe tentando acalmá-la, mas também com o rosto cheio de lágrimas.
Dou partida, e assim que começo a andar, a menina encontra o primeiro zumbi.
Ela começa a chacoalhá-lo. Seria engraçado se não fosse trágico.
Outro a alcança, e nisso estou com a van em cima deles, paro do lado para puxá-la para dentro.

Quando vejo, já é tarde demais.
Ela está totalmente desvairada, mas tem alguns machucados no corpo. Ela foi contaminada.
Vou embora, a caminho do acampamento.
Algumas quadras depois, a mãe consegue sair do estado de choque e vem tirar satisfação comigo.

- Você acha que ela conseguiu?
- Conseguiu o quê?
- Lutar contra... aquelas coisas.
- Não, eu fui embora porque ela estava infectada.
- Não é possível, você precisa voltar.
- Você não vai querer que eu volte.
- Por favor, eu preciso! Eu não posso abandonar minha filha desse jeito.

Fiquei com pena. Parei a van, o lugar parecia seguro.
Recarreguei a arma enquanto a mãe e a filha se acomodavam no banco da frente junto comigo.
Achei estranho que ela não perguntou do marido, e comecei a falar... ela pôs os dedos nos lábios, indicando silêncio, e apontou para a criança. Entendi. Ela não quer traumatizar ainda mais a filha. Depois conversaremos de mulher para mulher, e ela conta para a menina o que achar adequado.

Manobrei o carro de volta, quando estavamos quase lá, já pude ver.
A menina não fora devorada, alguns tem essa sorte - ou azar - mas viram mais um desses canibais.
Ela andava devagar, arrastando um dos pés.
- Você quer mesmo ver?
- Sim.

Fui andando devagar, e parei do lado. Estavamos com os vidros fechados, era seguro.
Esse ser errante que outrora foi a filha da mulher que estava do meu lado, se virou para nós. Os olhos ainda estavam vívidos, mas não eram mais da adolescente que conheci no prédio, era de outra coisa.
Ela se jogou em direção ao vidro do carro, a criança começou a gritar.

Arranquei com o carro e partimos.
Quando chegamos no acampamento, ajudei a descarregar as malas.
Elas foram encaminhadas para uma triagem e ficariam em quarentena, procedimento de segurança padrão de todos que vêm de fora para lá. Depois seguiriam a vida.
Quando fui me despedir, a mulher finalmente perguntou sobre seu esposo.

- Nós fomos cercados, e ele acabou se usando de isca enquanto eu pegava a van para resgatar vocês. Ele fez de tudo para que fossem salvas.
- Tem certeza que foi isso que aconteceu?
- É assim que você vai lembrá-lo e passar a memória para sua filha.
Ela assentiu, mesmo que no fundo soubesse que eu tinha contado uma mentirinha. Ela bem sabia que era melhor assim.

Enquanto me virava para ir embora, ela gritou:
- Você salvou minha vida e não sei seu nome.
- Scarleth SlaysDead.

Fim.

Era uma vez algo real tao bom que parecia sonho

RIP Negao - 20/11/2003 / 08/11/2010

Um dia estava indo para casa quando vi numa lojinha pequena, 4 coelhos a venda.
Eram tao lindos, todo dia eu passava e ficava namorando os animaizinhos.
Comente com o Re, que na epoca era meu namorado ainda, e nos namoravamos so bichinhos juntos.
Num dia a tarde, ele me ligou falando pra eu encontra-lo na minha rua e disse: comprei um coelho pra vc!
E eu: mas cade o coelho?
Ele: Ta pago, mas vc tem que ir la escolher qual vc quer.

Havia 2 brancos, um mescladinho e um preto.
Tentei com os 2 brancos, nenhum me deu bola, o mescladinho fugiu de mim. E ai, quando olhei para o pretinho, me apaixonei. Ele olhou para mim e se jogou no me colo.
Daquele em dia em diante, eu tinha um coelho.

Ele ja teve muitos nomes... o dono da lojinha o chamava de Pelezinho. Por alguns minutos pensei em chama-lo de Pompom, porque o rabinho dele parecia um pompom.
Tentei nome de gente, mas meu pai so conseguia chama-lo de Negao. E assim ficou: meu coelho Negao.
De Negao, diversas variacoes: neguinho, neguti, negoelho, negrito, pretinho, pretao, pretudo, pretudinho, pretoncinho, entre muitos outros.
Tambem era chamado de Tutty, Tutty Frutty, ou Tutsie Frutsie.
E quando era bebe, chamavamos de Snapshot.

Ele me acompanhou por 7 longos anos, inclusive quando sai da casa dos meus pais. Morou comigo em Campinas, no Rio, em Macae. Ele viajava de onibus quando vinhamos para Sao Paulo, porque eu nao tinha coragem de deixa-lo sozinho.
Ele ia no meu colo no onibus, sempre muito fofinho.

Meu coelho vivia solto, e por isso era tranquilo. As vezes ele fazia xixi nas pernas das pessoas para marcar o territorio, ja que era macho.
Ele tambem me acompanhou quando minha mae morreu, ele me fazia companhia e lambia as lagrimas do meu rosto. Engracado como o Negao sempre sabia quando a gente tava triste.
Ele tinha um cortezinho em uma das orelhas, e sempre diziamos que se trocassem nosso coelho por outro, nos saberiamos! E que mesmo que ele tivesse misturado com mil coelhos pretos, no sempre saberiamos identificar o nosso.

Quando voltamos a morar em Sao Paulo, o Nego era o dono da casa. Pode escolher onde queria fazer as necessidades, mesmo sendo o pior lugar do mundo.
Sempre dava um jeito de burlar as regras que colocavamos, mas isso era divertido, a gente ia se adaptando com ele.
Foi nessa casa que ele envelheceu: parou de roer tudo que via pela frente, ficou mais calmo.
Sempre me seguia para o lugar que eu fosse, e quando chegava em casa, vinha da onde tivesse para me cumprimentar: andava em circulos em volta dos meus pes e depois ficava de pe, pedindo colo.

Apesar de ser muito companheiro, nunca foi um animal muito de ficar grudado. Sempre foi independente, comia, bebia, fazia suas coisinhas sem encher o saco. Ate para ganhar carinho e colo ficava pouco tempo, ele era bem na dele.

Chegou a ficar doente algumas vezes na vida, mas nada muito grande. Exceto quando sai da casa dos meus pais e deixei ele la por uns dias, ele parou de comer, beber e de se mexer. Nao acharam nenhuma doenca, e quando eu voltei para busca-lo, ele voltou a fazer tudo de novo: era saudade.

Recentemente ele estava com uns probleminhas nos olhos, nada grave. Ja imaginavamos que as doencas iam comecar a aparecer, ja que 7 anos para um coelho eh muuuuita coisa.
Eu sempre imaginei que a idade dos coelhos sao parecidas com a dos humanos... um coelho vive cerca de 8 anos. Uma pessoa vive cerca de 80 anos, logo cada 1 ano coelhal, da 10 anos humanos.

Desde os 5 ou 6 anos dele, ele ja nao era mais tao ativo, nao curtia mais atividades brutas como antes (como ser colocado de ponta cabeca). Ele ficava meio "desconjuntado".
O problema do olho perdurou ate que comecou a sair pus, e nos ficamos preocupados. Fizemos tratamento, estava melhorando, ate que surgiu um pedaco de carne pra fora do olho.
Procuramos um especialista e era um tumor. Tinha que operar.

Ele morreu no finalzinho da cirurgia, o medico disse que num momento ele estava la, e no outro ele simplesmente desligou. Tentaram de tudo pra ele voltar, mas a hora dele chegou.
Ele morreu dormindo, sem a dor que o estava acompanhando ha algumas semanas.
Estava lindo na mesinha, parecia um coelho dormindo e nao um coelho morto.

O medico disse que o tumor era muito maior do que o esperado, e que certamente era cancer.
Por fim, a natureza sempre sabe o que faz... os seres morrem antes de ficar insuportavel.

E entao, meu coelhinho Negao, que era tao fofo que parecia feito de nuvem, agora esta num lugar melhor. Dizem que os coelhos vao para um lugar chamado Rainbow, onde ha um eterno arco iris, sol e grama. E eles sao felizes la.
Gosto de pensar que meu coelho esta la, correndo pela grama e depois tomando agua na sombra pra se refrescar, deitado embaixo de uma arvore.

Ele foi um bom coelho, e disso sempre seremos gratos.

Peter Steele na saida do bar

Esse foi no meio da semana, e eu nao lembro exatamento de todos os detalhes:

Era de madrugada, estava uma noite agradavel, quente. Eu estava vestindo uma saia rodada, preta, estava bem bonita. Eu estava saindo de uma balada ou de um bar. Sai antes dos meus amigos, e estava esperando por eles na porta quando vejo o Peter Steele ali parado tambem.

Eu fico pensando se devo ir falar com ele, afinal aposto que esta sempre cheio de meninas atras dele e tudo o mais. E alem disso, ele pode pensar que sou uma groupie que quer sair com ele e acabar achando que estou dando liberdade para alguma coisa, quando na verdade so quero conversar, e isso me inibe um pouco de ir ate la.

Meus amigos saem da balada e eu aponto e digo que eh o Peter Steele e que estou com vergonha e com medo de ir falar com ele. Entao meus amigos me encorajam a ir, dizendo que eh uma oportunidade unica e que se o clima ficar chato eh so eu ir embora.
Entao eu vou ate ele. Fim.

Haagen Dazs Friday

Eu e uns amigos do trampo marcamos de fazer uma Haagen Dazs Friday, ou seja, um dia que nos encontramos, compramos sorvete Haagen Dazs e comemos que nem loucos ate nao aguentar mais.

Entao, eu, o Edgar e o Gustavo iamos ate a padaria, e la havia apenas um pote de sorvete Haagen Dazs de um sabor que eu nunca tinha visto: Pessego com doce de leite.

Eu achei que seria meio nojento, mas como era o unico sabor, acabamos comprando. Comecamos a tomar, e o sorvete era maravilhoso, uma das coisas mais gostosas que ja comi na vida. Fim.

Novo sabor de Haagen Dazs

Eu ia comprar sorvete da marca Haagen Dazs e havia um novo sabor. Era assim: tinha o formato de um pao de mel, por fora era chocolate, mas quando vc mordia, por dentro tinha sorvete de creme, era bem branquinho. Uma delicia. Fim.

Calote da academia

Eu e o Rê estavamos na academia, haviamos acabado de sair da piscina e íamos fazer musculação.
Então, um dos equipamentos que eu queria usar não estava bem ajustado para mim, e eu chamei o professor.
Ele me explicou que eu teria que ter avisado antes para que o equipamento fosse ajustado, e que era estranho isso não ter acontecido, porque, segundo ele, assim que se entra na academia, o sistema avisa quem está lá e caso haja necessidade de ajustes, eles são feitos automaticamente.

Foi aí que percebi que entramos escondido na academia, que não estávamos pagando a mensalidade. Por isso, desconversei e prometi para mim mesma que enquanto não pagasse direitinho, não ia ficar chamando o professor porque poderiam descobrir que eu estava dando o calote na academia. Fim.

Nus pelo hotel

Estavamos eu e o Reinaldo num hotel muito lindo, cheio de coisas legais para fazer, e tudo funcionava 24 horas.
Era de madrugada e resolvemos descer e passear.

Entramos no elevador, e aí eu percebi: estavamos sem roupa!
Quando olho para o lado, o Rê tinha desaparecido, e só estava eu, sozinha, nua no elevador.

Fiquei super nervosa, com medo do elevador parar em algum andar e alguém me ver lá sem roupa.
Daí a porta do elevador realmente abriu num andar qualquer, eu tentei me cobrir com as mãos, mas para minha sorte não tinha ninguém no andar.

Quando o elevador chegou no térreo, o Reinaldo estava lá me esperando com uma camisa bem comprida, ele colocou em mim, eu rapidamente fechei os botões.
Ele estava vestindo uma calça apenas, e disse que saiu do elevador para procurar uma troca de roupa para nós e achou essa que estavamos dividindo.

Agora vestidos, continuamos passeando pelo hotel, e exploramos todos os cantinhos do lugar, inclusive uma sala deserta que era usada como estoque. Fim.

Invenção de um novo jogo, o Xadrez Express

Devido a lentidão do jogo de xadrez, sonhei com novas regras, criei o Xadrez Express.
Nesse jogo as regras são simples, o tabuleiro começa vazio, e as peças devem ser adicionadas conforme a necessidade.

O objetivo ainda é o mesmo, matar o rei. E essa é a primeira peça que deve ser colocada.
A rainha, por ser muito eficiente, só pode ser inserida a partir da quinta rodada.
As peças devem ser colocadas no lugar certo, como no jogo original.
Assim, as partidas de xadrez duram apenas alguns minutos e se tornam muito mais dinâmicas. Fim.

"I aim to misbehave"

Esse sonho já faz um tempinho:

Eu ligo a TV e vejo o Justin Bieber, então quando vou prestar atenção no que ele esta vestindo, é uma camiseta com a frase "I aim to misbehave", usada na serie de ficção científica Firefly (que por acaso é a melhor série de sci fi de todos os tempos).

Então eu fico espantada com aquilo, e fico imaginando se Firefly vai se popularizar, ou se Justin Bieber ao menos sabe de onde vem a frase. Fim.

Deja Vu e ciúme

Era um restaurante/lanchonete amplo, igual daqueles de paradas rodoviárias.
Eu estava com o Rê e lá encontramos mais umas pessoas, que por acaso eu não conhecia ninguém, mas ele sim.

Esse outro grupo estava centrado numa menina, e o Rê ficou encantado com ela. Eu comecei a ficar com ciúme, obviamente, principalmente pelo jeito que ele a tratava.
Então, comecei a ter deja-vus do que ia acontecer... de coisas que ele ia falar e fazer pra ela que eu não ia gostar... e acontecia!

Fiquei muito irritada, e não sabia o que fazer, e os deja-vus ficavam cada vez piores. Então, eu peguei e falei abertamente, que eu queria ir embora, e quando me olharam estranho, eu disse:
"Eu sei que vocês devem achar que sou chiliquenta, mas eu não me importo. Não estou me sentindo a vontade com o que vi até agora, e eu sei exatamente o que está por vir, e por isso mesmo prefiro me retirar do que ficar aqui".

Eu achei que mesmo assim as pessoas iam continuar achando que eu era doida ou exagerada, mas todo mundo entendeu e toda aquela cegueira quase que mágica que estava rolando se quebrou, e as pessoas perceberam que estavam agindo como idiotas e todo mundo se dispersou. Fim.

Buquê de rosas

Esse foi há algum tempo:

Eu estava sentada no meu computador do trampo, quando me chamam para entregar uma Portaria. A Portaria é um documento publico onde se faz um ato administrativo.
Eu recebia uma Portaria me designando a ocupar um certo cargo, onde eu receberia o mesmo, trabalharia exatamente igual, a única diferença seria receber todos os meses um buquê de rosas.

Eu acho aquilo bizarro, e vou perguntar para a diretora o porquê disso. Ela me explica que eu ganhei a portaria pois as pessoas gostam muito de mim, e ela me parabenizou, dizendo que fazia muito tempo que ninguém recebia esse tipo de portaria.

Então, eu pergunto quem paga pelas flores, e ela diz que é retirado do salário de certos cargos, eu digo que é injusto, e ela diz que não, que está nas atribuições dos cargos, e me mostra a lei que criou aqueles cargos e realmente está lá.

Quando eu saio da sala dela, esta acontecendo uma festa de aniversário num setor e me convidam para entrar e comer o bolo. Eu entro e a parede está com a pintura descascando. Eu começo a cantar uma música da minha infância que diz assim:

"Desencosta da parede, que a parede solta pó
Pega logo no meu braço, que essa noite eu durmo só"

E por fim, eu começo a lamber a parte da parede que está caindo pozinhos, e tem gosto de abacate.

Minha mãe no curso

Ontem fui fazer um curso a trabalho e tive o seguinte sonho:

Eu estava me arrumando para ir para o curso, e minha mãe começa a se arrumar também. Ela diz que vai fazer o curso comigo.
Fico um pouco sem jeito, querendo falar e sem saber como, então eu tomo coragem e digo que o curso é pago pela Câmara e que provavelmente ela não vai poder fazer, já que o nome dela não está na lista, e ela diz que vai mesmo assim e que dá um jeito na hora.
Por fim, eu pergunto "e se você não puder entrar, vai fazer o que?" e ela respondeu "volto para casa". Fim.

Segunda Tirinha

Hoje eu ja voltei a dormir melhor :)

Vou postar minha segunda tirinha.
Quando tiver sonhos eu posto novamente.


Bloqueio de sonhos e tirinhas

Então, faz umas semana que não posto nada pois estou com um bloqueio de sonhos, não sei exatamente.
Tive uns 2 ou 3 sonhos nesse meio tempo, no máximo, e depois não tive mais!
Não sei o que está acontecendo, tenho sonhos sem sentido, apenas imagens e somem muito rápido da minha memória... sem contar que não estou conseguindo dormir profundamente nem descansar tão bem nessas últimas semanas também.
Não sei o que está acontecendo, acredito que seja uma fase.

Já já vai passar e vou ficar boa e presentea-los com meus sonhos malucos novamente!

Enquanto isso, eu continuo com meu "day dream", em português, sonhando acordada.
Eu invento narrativas, personagens, situações, tudo na minha cabeça.

Resolvi escreve-las em forma de tirinhas, não são absurdamente engraçadas, então queridos leitores, se é que vocês existem, favor não ir com muita sede ao pote.
Mas dá pra dar uma risadinha leve, daquelas que você só ri com o ombro e o cantinho da boca.
Ah, e como não sei desenhar, eu tô fazendo num site que cria o fundo e os bonequinhos pra mim, então eles não tem movimento nem expressão, o que importa é o textinho mesmo.
Quem não tem cão caça com gato :P
O link do site é o seguinte:
Witty Comic


Vou postando aqui minhas tirinhas enquanto meus sonhos não voltam.

Enjoy! (ou enjoe)



Clica na tirinha pra ver em tamanho decente, aqui fica difícil de ler, e apesar de estar fuçando há algumas horas, não manjo o suficiente de html pra colocar de maneira legível.

Fim.

Serial Killer

Esse sonho já faz um mês, talvez mais. É bem comprido e eu estava com preguiça de digitar. Acordei bastante assustada. Nesse sonho sou expectadora, com exceção da cena final.

Era uma vez uma criança. Ela andava na rua despreocupada, brincando, pulando. Passava em frente a uma praça, era uma tarde de verão muito agradável.
Então, ela vê uma pessoa dentro de um bueiro enorme. O bueiro era muito antigo, não era mais usado para escoar esgoto, estava seco.

Ela viu esse homem dentro do bueiro e ficou intrigada. Resolveu entrar atrás dele e ver o que tinha lá.
Entrou e se deparou com uma galeria subterrânea, no centro da galeria havia um corpo de mulher. O homem cortava os dedos dessa mulher na área onde havia a unha pra cima e guardava esses pedaços no bolso.
A menina ficou assustadas, mas não gritou. Continuou observado. Ele não sabia que ela estava ali.

Quando ele terminou de cortar, se afastou do corpo e olhou de longe para contemplar. Foi aí que a menina viu que aquela mulher morta era sua mãe. E foi aí que ele viu a menina.

Ela ameaçou correr, mas ele a alcançou. Ela achou que seria a próxima vítima, mas não, ele tirou do bolso os dedos/unhas da mãe dela e mostrou pra ela, ela conseguiu se desvencilhar e saiu correndo para fora do bueiro, enquanto ainda podia ouvi-lo rindo de maneira grotesca.

Quando voltou a praça, estava tudo tranquilo e calmo como era antes. Mas algo havia sido roubado: sua inocência. A despreocupação de criança de que nada de ruim pode acontecer.

Quando chegou em casa, ainda tentando acreditar que aquilo que vira fora um sonho, entrou direto na realidade. Sua vó estava nervosa, havia muitos parentes ali. Ninguém explicava para ela o que estava acontecendo, mas ela não conseguia brincar e ignorar tudo aquilo.
Conseguiu entender que sua mãe havia sumido. E só ela sabia o que tinha acontecido.
O corpo nunca foi encontrado, a história que ela contou foi ignorada, como imaginação infatil. Mas ela sempre soube, e nunca ia esquecer o rosto daquele homem.

Ao longo de sua vida, muitas vezes acordava banhada de suor após ter um pesadelo com aquele homem. Via seu rosto no lugar do corpo de sua mãe.
Durante a adolescência, ela sempre lia os jornais, procurando crimes parecidos: Corpos com as pontas dos dedos mutilados.
E encontrava!

Cada uma dessas vítimas tinha como nome ou sobrenome alguma semelhança com seu próprio nome, e ela sabia que isso era um recado.
Que ele sabia quem ela era, sua única testemunha, e que um dia ele ia voltar para pega-la.

Um dia, ao assistir televisão, viu aquele rosto numa chamada de nova novela. Ficou ali o dia inteiro, esperando rever a chamada da novela e ter certeza de quem ela vira.
E mais uma vez ele estava lá! Sorrindo. Era o novo galã da novela das 8.
Não era possível que o jogo tenha virado dessa forma, agora ela sabia quem ele era e onde poderia encontrá-lo.

Quando chegou a maioridade, a avó que a criara faleceu. Ela se aproveitou dessa situação para sumir no mundo, não tinha mais parentes, nem ninguém. Seu nome era comum e cheio de homônimos.
Nunca mais assinou nada em seu nome, nunca mais deu seu endereço para ninguém. Assinou uma caixa postal para receber correspondências, não tinha telefone, morava numa pensão onde não lhe exigiram nenhum tipo de documento.
Pagava em dinheiro, não tinha conta em banco. Era a única pessoa de se sentir segura: ser totalmente irrastreável.

Agora ela sabia quem ele era, e ele a perdera no mundo.
Depois de todos aqueles anos sendo assombrada por aquele homem, ela jurou vingança, e iria assombrá-lo de volta.

Passou a frequentar as festas da emissora de TV que ele trabalhava. Conseguiu emprego temporário para servir nos buffets, e passou a espiona-lo.
Tinha certeza que era ele, e tinha que faze-lo se mostrar na frente de todas aquelas pessoas.

Passou a escrever bilhetes anônimos, dizendo que sabia quem ele era e o que ele tinha feito. Numa entrega de prêmios da televisão onde ele foi premiado, fez questão de aparecer na primira fileira com um vestido vermelho sangue. Ele a viu, mas não podia fazer nada... tinha que dar seu discurso.
Quando terminou o discurso, teve que tirar fotos, cumprimentar, puxar o saco. Quando se voltou para onde ela estava, já havia sumido.

E foi assim por um bom tempo, sua única diversão era assombrá-lo.
Fez muitas amizades no meio artístico, amizades verdadeiras. Entre eles, arrumou até um namorado. Para esses amigos, ela contou a verdade e eles acreditaram nela, prometeram ajudar a desmascarar aquela farsa.
Lembraram do caso do Guilherme de Padua, que matou a atriz Daniela Perez, e juraram que não deixariam isso acontecer novamente.

Num dia, ela recebe uma carta, sem destinatário. Nessa carta tinha um convite para uma festa muito exclusiva de celebridas, e junto uma unha.
Ela entendeu na hora de quem era, chamou seus amigos e todos resolveram ir a festa juntos para pegar aquele safado.

Passou uma boa parte da festa, e ele não tinha chegado. No salão principal havia um chafariz enorme, lindo, e descendo as escadas atrás do chafariz era a entrada para o banheiro.
Quando ela foi ao banheiro, chegando ali atrás do chafariz, havia um corpo de uma atriz muito famosa, muito bonita. Estava boiando na água e os sinais estavam ali: faltavam a ponta dos dedos, bem onde estavam as unhas.

Ela saiu correndo para o salão, e lá não tinha mais ninguém! Ele deu um jeito de esvaziar a festa!
Ele estava na rua e o que separava o salão da rua era uma grande porta de vidro.

Então, ela foi até a porta correndo, sabendo que tinha alguma armadilha lá dentro para extermina-la. Quando ela chega na porta, que estava aberta, ele estava com uma tesoura na mão e foi entrando salão a dentro, tesoura em punho pronto para "esfaquea-la" com a tesoura.

O que ele não esperava é que ela fechou a porta com tudo na cara dele, e ele ficou meio nocauteado.
Quando tentou entrar novamente, ela deixou entrar um pouco da cabeça, e fechou a porta novamente, bem no pescoço, e ficou abrindo e fechando, várias vezes, com a força enorme que só a raiva acumulada por tanto tempo poderia ter.

Ele foi decapitado. Dentro de seus bolsos, havia os pedaços dos dedos da atriz morta no chafariz, o suficiente para ser identificado como o assassino.
E as fitas de segurança provariam a legítima defesa.
Quem ri por último, ri melhor. Fim.

Regressão

Eu estava no corredor de um prédio na Avenida Paulista, e não queria bater na porta do apartamento.
As pessoas que estavam comigo me pressionavam para entrar, diziam que não teria nenhum problema.

Entramos no apartamento, tinha mais gente lá dentro. Queriam fazer uma regressão.
Eu dizia que não acreditava nessas coisas e que não iria fazer.
Por fim, me convenceram de que se eu não acredito, não tinha problema em fazer que não ia dar em nada.

Sentei no sofá e começaram a tal regressão. Eu dormi de tão entediada, porque não acontecia nada.
Quando acordei, não quiseram me contaro que aconteceu, fique com raiva e fui embora sozinha. Fim.

Fim do mundo

Acontecia algum tipo de fim do mundo na Terra, mas o mundo não acaba de vez, ele ia acabando aos poucos.
Eu estava com outras pessoas, andando por aí, procurando um lugar para ir ou ficar. Não havia mais governo, nem organização, nem infra estrutura básica (energia elétrica, água encanada, meios de comunicação, etc).

Era final de tarde. Andamos até um lugar onde haviam trilhos de trem. Eram vários trilhos, mais de 10. Ficamos pensando em como fazer um trem funcionar, e vimos que haviam um tipo de plataforma de carga andando bem devagar no último trilho.
Talvez essa plataforma funcionasse a partir de algum tipo de energia mecânica, como aquelas alavancas para mover carrinhos em trilhos.

Avançamos por sobre os trilhos, havia algumas crianças com o grupo. Eu reparei que eles tentavam passar por baixo dos trilhos, corri até elas e as impedi de fazer isso.
Mostrei que iriam ficar esmagados lá embaixo conforme as pessoas passassem por cima, e enquanto falava isso e mostrava, vimos pedaços de dedos de mãos humanas naquele local, como se alguém tivesse colocado a mão ali e perdido os dedos.
As crianças se assustaram e obedeceram.

Continuamos andando em direção aos trilhos, quando chegamos, todos sentaram na plataforma. Eu fiquei bem na frente, queria ver para onde iríamos.
O trilho continuava um pouco mais a frente ainda em terra, e depois era elevado e passaríamos por cima da cidade. Isso nos daria uma noção maior do que acontecia.

Então o Rê me disse que queria ficar lá atrás, que queria descansar e que haviam colchonetes no final. Eu disse que ele podia ir, mas eu queria ficar na frente, vendo tudo. Ele acabou ficando comigo e dormiu de maneira desconfortável ali mesmo.

Enquanto a plataforma andava, víamos pessoas maltrapilhas lá embaixo, andando de um lado para o outro, procurando no lixo algo que pudessem usar. E havia muito lixo. As lojas foram todas saqueadas, casas invadidas, janelas quebradas, portas arrombadas.
A visão era muito deprimente, e torci para que ninguém tivesse vendo. Quando olhei para trás, vi que a maioria das pessoas estavam dormindo, de tão cansadas, e fiquei feliz por eles não terem visto aquilo.

A plataforma continuou em movimento por mais um bom tempo, muitas e muitas horas, era noite. A paisagem foi mudando, da cidade foi indo para o interior, e vi que estavamos descendo a serra. Passamos por sobre a mata atlântica, e aos poucos pude avistar a praia.

Quando chegamos na praia, já era de manhã. Acordei a todos, a visão era promissora. Não havia pessoas, nem desgraça. Era apenas a praia, deserta, paradisíaca.
O trilho voltou a andar direto no chão, e percebemos que depois que chegasse na areia, ele ia subir de novo até o meio do mar... e dali não sabíamos para onde ia, se é que havia uma continuação nos trilhos.

Resolvemos descer na praia e acampar por ali. Mar e floresta significa comida, peixes e plantas. Vimos até um rio que desaguava no mar, onde poderíamos beber água.
Descemos da plataforma enquanto ela continuou a andar vagarosamente em direção ao mar.

Todos se ajeitaram na terra firme, e resolveram montar acampamento. Eu queria ficar longe de água, com medo da maré subir e levar todas as nossas coisas, mas o Rê me chamou para uma área da praia e disse: vamos por nossa barraca aqui.

Eu expliquei o que achava sobre acampar ali na areia, e ele disse: Aqui não vem a maré alta. Olha só!

E quando olhei, tinha uma planta do lado de onde ele deixou as coisas, e essa planta dava frutos: morangos!
Fiquei tão contente de ver morangos frescos depois de tanto tempo. Peguei um na hora e mordi, ele sorriu pra mim, me abraçou e disse: sabia que você ia gostar dos morangos.
E ficamos ali, abraçados, vislumbrando uma nova era. Fim.

Amante, marido e chefe

Eu estou com um cara, gosto muito dele, ele é muito bonito e tudo o mais. Estamos juntos quando ouvimos um baraulho. Ele se esconde e no recinto entra um outro homem, que no caso era meu marido.

Nessa hora percebo que estava com o amante, e agora chegou o marido, e eles eram a mesma pessoa.
Então, o marido diz para irmos para a festa da empresa, e quando chegamos lá, encontro meu chefe que também era chefe do marido.

Ele pagava absurdamente bem para nós dois, muito mais do que deveríamos ganhar. E esse chefe também era a mesma pessoa que o marido e o amante. Fim.

Cara estranho no trem

Eu estava num trem, voltando para casa.
Era bem tarde da noite já, e eu não estava a fim de conversar com ninguém. Estava sozinha e um pouco apreensiva com que tipo de pessoa que talvez eu me deparasse no trem aquele horário.

Estava procurando um lugar para sentar e achei. Nessa procura, andei por metade do vagão, e um cara todo tatuado, meio sujão e mal vestido, mal encarado, veio atrás de mim.

Ele sentou do meu lado e começou a conversar, eu não queria muito conversar mas achei melhor ser educada do que irritá-lo, afinal, além de não parecer boa coisa, estava acompanhado.

Conversamos um pouco até que chegamos na estação final, onde todos iriam descer. Aproveitei a aglomeração e me livrei do cara. Fim.

Pássaro na coleira

Eu estava visitando o meu ex prédio, e constatava como tudo estava tão diferente.
Então, pela janela da sala eu via um passarinho numa coleira.
Vi que era de uma menininha alguns andares abaixo. Ela me dizia que não queria deixar o pássaro preso, mas se soltasse ele iria fugir, então, ela deixava ele numa coleira, e ele podia voar por aí, mas sempre voltava para casa.
Eu fiz carinho no pássaro, no começo achei que ele ia me bicar, mas ele era manso. Fim.

Doente em casa

Eu estava indo trabalhar, mas acaba me sentindo mal e ia para a casa dos meus pais.
Minha mãe estava lá, perguntava o que eu tinha, eu disse que não estava muito bem e não queria ficar sozinha, então eu deitava na cama e ficava quietinha e ela arrumava algo para eu comer.

Apesar de estar em casa doente, aproveitei o tempo livre para fazer uns cálculos que estavam atrasados, e passei a tarde calculando coisas... parecia algum tipo de contabilidade de custos.

Daí minha mãe diz que quando meu pai chegar do trabalho, ele busca meu carro e me leva para casa a noite depois da janta. Então eu volto a dormir. Fim.

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Foi a primeira vez que eu sonhei com minha mãe viva como se fosse na época atual, mais ou menos como poderia ser se ela ainda estivesse por aqui.

O engraçado é que, nesse sonho, não brigavamos, mas também não tínhamos uma relação muito calorosa.
Acordei com saudade dela.

Desistindo de ir para a aula

Acordava atrasada, e tinha muita preguiça de levantar. Lembrava que tinha uma aula para ir, e que eu precisava MESMO ir na aula, senão ia repetir de ano.
A preguiça era tanta que eu resolvi que ia desistir de estudar, e não iria para a aula nunca mais. Fim.

Serial killer estripador

Não era Jack, o Estripador. Mas era um seria killer, e ele estripava, ou seja, cortava a barriga e colocava as "tripas" pra fora.
Ele matava bonecos de palito de madeira cor marrom envernizado. E mesmo os bonecos sendo de madeira, saíam tripas de verdade com sangue vermelho. Fim.

Perdida no Brás

Esse sonho já faz algum tempo, mas tinha esquecido de postar.

Eu estava no Brás procurando um vestido, comecei a entrar nas ruas, andar pra lá e pra cá, até que me perdi.
Como estava perdida, resolvi que ia continuar procurando até encontrar o vestido, e depois achava a saída.

Entrei numa rua onde haviam várias tendas com panos coloridos em volta, e num deles tinha o vestido que eu procurava. Comprei o vestido, perguntei como fazia para sair dali e me mostraram.
Tinha apenas que dobrar a rua e já estava onde eu queria chegar. Fim.

Tarado no trem e minha vingança com super bonder

Eu estava num trem, segurando nos balaustres mais altos, e o mais estranho é que era um trem avião, porque pela janela eu podia ver o céu.
Só tinha eu e um cara nesse trem.

E algo me disse que ele era tarado, e que ia me passar a mão. Então, ao invés de esperar pelo pior, eu peguei na bolsa um super bonder e comecei a passar por todo o trem entre eu e ele, mas ele não viu.

Daí cheguei perto dele e joguei no ar também, entre nós dois.
Enquanto eu me afastava, ele resolveu ir atrás de mim e o super bonder no ar grudou nele e ele ficou todo grudado, e todo lugar que ele se enconstava para se apoiar, acaba se grudando também.

Eu ficava do outro lado do vagão dando risada. Fim.

Ganhando um MTV Awards e virando alimento

Eu estava numa festa de gala em NY, com o Re e mais umas pessoas. Eu estava assistindo a uma premiação, provavelmente um MTV Awards, e então sou chamada como ganhadora de um prêmio.
Eu não esperava ganhar, apenas o fato de estar lá e ter sido indicada já era prêmio suficiente pra mim.

Levanto e recebo meu prêmio, muitos abraços, elogios e tal. Volto para o meu lugar, mas a festa está muito chata e eu estava esperando mesmo a premiação da categoria que estava concorrendo para sair e ir curtir a cidade.
Então eu e o Rê nos levantamos discretamente e vamos indo para a saída. Nisso, um senhor de idade gordão com um jeito meio "saposo" (forma que costumo chamar pessoas que se parecem o senador Heráclito Fortes), que estava sentando na fileira atrás de mim, resolve levantar também e ir até a saída com a gente.

Essa festa estava acontecendo no salão de festas de um hotel chique. E quando saímos, o senhor disse que conhecia meu trabalho, disse que queria me fazer uma proposta e para irmos no último andar do hotel onde ele estava hospedado.
Daí ele subiu na frente, e eu e o Rê fomos atrás.

Pegamos o elevador e subimos. Quando chegamos, tinha apenas uma porta com uma campainha. Tocamos a campainha, e uma voz veio de dentro dizendo para só eu entrar.
Eu disse pro Rê esperar ali mesmo, e peguei meu óculos que estava em seu bolso.

Entrei, a porta se fechou e na minha frente não tinha nada. Algo me disse para soprar com bafo quente, igual a gente faz para o vidro do carro ficar "suado" e podermos desenhar nele, ntão apareceu uma porta de segurança a laser.

Fiquei esperando, e a porta foi aberta. Entrei e a porta se fechou atrás de mim, e outra estava na minha frente (fiz de novo o truque anterior para ver). Então ela se abriu e um mordomo meio jovem estava me esperando.

Eu perguntei para ele em inglês onde seria a reunião, ele não me respondeu. Então eu percebi que peguei os óculos errados, estava com os óculos do Rê e não com os meus. Pedi em inglês para que ele fosse na porta entregar o óculos, mas ele respondeu em mímicas que não entendia o que eu estava dizendo.

Daí falei em portunhol para ele entregar o óculos, e ele disse em espanhol que não fala "colombiano". Eu disse que não era colombiana, e estava tentando falar em espanhol, e que se ele tivesse boa vontade de compreender ele ia entender perfeitamente.

Então, o homem saposo chegou e pediu para eu ir até uma sala. Eu fui, mas quando olhei pro mordomo, percebi que ele havia entendido em inglês, e percebi que ele estava assustado. Provavelmente o patrão dele não permitia que ele falasse com as pessoas, e achei aquilo horrível e quis ir embora.

Quando entrei na tal sala, percebi que era um quarto. Tinha uma cama de solteiro e o velho disse que eu podia dormir e descansar e conversariamos no dia seguinte. Eu não cheguei a entrar completamente sala a dentro, porque percebi na porta que tinha um tipo de equipamento igual eu vira antes nas portas laser e fiquei com medo de ficar presa ali, e enquanto eu estivesse no meio da porta ninguém iria acionar aquilo.

Eu disse para o velho que não ia dormir, que era minha primeira vez em NY e que eu sai da festa para conhecer a cidade, e que se ele fosse tomar muito do meu tempo, eu preferia voltar outro dia.
Então, ele disse que eu era boba, e que não tinha percebido ainda o que estava acontecendo. Que as portas a laser precisavam de "ar" (mas ele pronunciou de uma forma estranha essa palavra).

Daí eu disse "como assim ar?", e ele jogou um livro bem velho pra mim, eu peguei no ar e li o título, que dizia algo como "Laser alimentado por ARHS". E na linha de baixo explicava que ARHS era a sigla para "Pele, sangue e entranhas humanas" (só não sei em qual lingua isso é uma sigla, mas na hora fazia sentido).

Foi nessa hora que percebi que ia virar alimento de lasers! Por uns instantes me perguntei porque eu, entre tanta gente. E porque ele ia se arriscar em pegar uma pessoa que acabara de ganhar um MTV Awards e não um desconhecido qualquer. Fiquei com medo do que fariam com o Rê quando ele fosse atrás de mim, já que deveriam ser pessoas muito poderosas para se arriscar tanto. E também conclui que devia ser por algum motivo genético que eu fui escolhida.

Derrubei o livro no chão, e corri pra fora do quarto. Percebi que havia um tipo de área de serviço no apartamento, e lá tinha uma janela basculante de uma folha só sem nenhum tipo de grade ou segurança.

Corri até lá, subi nos móveis até alcançar a janela e me coloquei para fora. Quando vi, estava no último andar daquele prédio enorme. Mas eu preferia me jogar dali do que ser alimento de lasers.
Principalmente porque ali haveria um corpo, uma investigação, testemunhas.
Se meu corpo sumisse, ninguém saberia onde procurar.

Dentro do apartamento tinha um varal desses de teto, e ele tinha aquelas cordas de varal. Pensei em arriscar, já que não tinha outra opção mais segura, iria me pendurar nas cordas e tentar me jogar pro andar de baixo, onde havia uma varanda no apartamento.

Eu me pendurei, não cai. Balancei uma, duas, e me joguei na varanda.
Estava muito assustada, vi que dentro do apartamento tinha um homem, loiro, bonito. Ele estava terminando de se arrumar, e rapidamente saiu do quarto. Vi que não tinha mais ninguém, e entrei no quarto e sai pela porta também.

Enquanto saía, fiquei pensando em resgatar o Rê lá no andar de cima, e como eu iria fazer para denunciar o homem velho e libertar seu mordomo escravo. Fim.

Dirigindo sobre o rio Tietê

Eu tenho a impressão que já tive esse sonho antes, assim meio parecido... pode até ser.

Eu estava dirigindo sobre um viaduto em cima do rio Tietê. Mas não em cima que atravessasse o rio, e sim exatamente em cima do leito do rio.
O cheiro era horrível, no carro haviam mais pessoas comigo.

Então, enquanto andava o viaduto comecou a ficar cada vez mais baixo, cada vez mais baixo, até que estava dirigindo em cima do rio. Era bem raso, mas muito fedido.
A água começou a entrar no carro, infestar nossas roupas e alguns pingos caiam na minha boca. O gosto era tão ruim quanto o cheiro. Fim.

Show do Stratovarius

Nos iamos no show do Stratovarius, eh uma banda de metal que eu nem gosto muito, mas no sonho eu amava e conhecia muitas musicas.
Chegavamos cedo, e pegavamos um lugar bom, ainda estava meio vazio. O chao tinha escadinhas, assim facilitava as pessoas de enxergarem o show.

Ficavamos num lugar bom, encostados na parede do lugar, num lugar bem alto. Sentavamos no chao para aguardar o show. Encontravamos varias pessoas que conheciamos e tal.

Entao, eu estava morrendo de fome, por algum motivo eu esqueci que ia sentir fome  e ainda era muito cedo, estava claro e o show so ia comecar de noite. Quando olhei para tras, vi que um amigo meu estava comprando comida dos Camelos la de fora atraves do muro. Ele jogava o dinheiro e eles icavam a comida.

Pedi que ele comprasse algo para mim, ele me deu uma coxinha que ele havia comprado para ele. Comi e ainda estava com fome, e pedi que ele pedisse pro cara um hot dog. Ele pediu e disse que o cara era primo dele, mas quando perguntei o nome do cara, ele disse que nao sabia, tinha esquecido.

Quando ia comecar o show, eu fui mais pra frente porque era mais facil de enxergar. Comecou a passar um DVD que eles gravaram no Brasil, e as musicas tinham legenda. Estranhamente eu conhecia as musicas, e elas falavam algo sobre o Papa Bento XVI, e num outro trecho falava sobre casamento.

No DVD mostravam varios fas brasileiros da banda, entre eles uma menina que tinha a capa do ultimo CD deles tatuado nas costas, e ela ficava mexendo assim os ossos e musculos das costas enquanto filmavam para parecer bizarro, e falava que ela fazia parte do fa clube Stratovarius Girls, onde todo mundo fazia algo bizarro em nome da banda.
No fim, eu olhava o flyer do show e descobria que ia tocar outras bandas ainda de abertura, entre elas um cover de Sepultura. Fim.

Mudanca de Funcao

Eu estava no servico, e me avisaram que eu mudaria de departamento.
Fui, achando que ia ser ruim.
Mas ate que era divertido, tinha varias festas e eu podia comer as comidas que os buffets levavam, e tambem como tinha que me vestir meio social para os eventos, acaba me vestindo melhor assim no geral e ficava feliz por isso, porque normalmente sou muito desleixada.
Alem disso, nao precisava mais acordar cedo e ainda me deram um aumento. Fim.

Trocando as Bolas

O jogo do Brasil contra a Holanda da Copa do Mundo estava para comecar, entao eu entro no estadio correndo e mostro para o Dunga um documento, que dizia que a bola Jabulani tinha angulos diferentes e errados na hora de chutar.

O documento inclusive acompanhava um video, onde mostrava que uma maquina chutando bolas diferentes faziam com que elas sempre fossem para o mesmo lugar, com excecao da Jabulani que fazia outra trajetoria.

Assim, conseguiram mudar a bola e o Brasil ganhou o jogo e depois a Copa. Fim.

Coisas estranhas que acontecem no Metrô

Eu estava numa estação de metrô que interligava todas as linhas de metrô.
Era enorme, muito maior que a estação Sé.
Tinha muitos andares subterrâneos, e cada andar passava uma linha diferente.

Enquanto descia uma imensa escada rolante com uns amigos, nós comentavamos que vimos no jornal sobre uma menina louca, bem alta e magra de cabelos castanhos, que encontrou um buraco entre os dois andares mais baixos. E que esse buraco no penultimo andar, dava justo em cima de um laguinho que havia no ultimo andar.
E a menina sabendo disso, pulou pra cair lá na água e molhar todas as pessoas em volta e tinha saído dando risada.
Nós comentamos que era absurdamente estúpido isso, porque estava muito frio.

Então, ao chegar ao fim da escada rolante, meus amigos foram para um lado e eu e o Rê fomos para outro. Descemos mais uma escada rolante que nos levava ao penultimo andar.
Quando terminamos de descer e nos direcionamos a plataforma, vimos uma menina baixinha e loira descendo as escadas rolantes correndo e se jogando no tal buraco.

Ficamos olhando pasmos com aquilo.
E quando ela caiu, ela quicou e voltou a subir e cair novamente.
Daí ela finalmente ficou lá embaixo, fomos todos ver e ela havia quicado porque estava tão frio que o laguinho estava com uma camada de gelo.

Novamente a plataforma do último andar foi inundada com água, e nisso apareceu a menina que apareceu no jornal como a primeira a fazer isso, junto com a loira, tirando fotos e dando risada, elas estavam juntas.
Quando olhamos para a nossa plataforma, do penultimo andar, estava com água vindo também nos trilhos.

E então vimos a loira sendo escoltada estação a cima pelos guardar do lugar, ela e a morena. E ela gritava para os guardas "não sei porque vocês estão reclamando tanto que eu molhei tudo, olha a água vindo nos trilhos, está tendo enxente na Barra Funda e a stação vai ficar toda molhada de qualquer forma".

Ela olhou para mim e gritou "Vocês estão em achando estranha porque me joguei no laguinho, mas assim que vocês entrarem no metrô e ele alagar, vocês vão ficar tão molhados quanto eu! E vão morrer afogados! Isso que estou fazendo é um protesto!".
Nisso, eu e o Rê nos olhamos e resolvemos pegar a linha da Paulista e ir para outro lugar, com medo de nos molharmos. Fim.

Presente de quem não gosta de mim

Havia uma caixinha de porta jóias. Era linda, grande, pesada. Azul, de veludo.
Eu ficava olhando para aquela caixinha e a cobiçando. Queria muito que fosse um presente para mim.

Então, outras pessoas entraram na sala onde eu estava. Entre elas, uma pessoa que não gosta de mim.
Ela se levantou, me abraçou, desejou feliz aniversário e meu deu a tal caixinha azul de presente. Fiquei surpresa e contente. Fim.

Pato e Peru

Eu estava na subsolo do prédio, na garagem.
Então, eu tiro do carro um pato e um peru. Eles eram meus animais de estimação, porém eles estavam sujos e machucados.
Fico preocupada com eles, e abro uma torneirinha e começo a lava-los.

O pato está em melhor condição, só estava sujo, e após lavá-lo, ele já ficou normal.
Já o peru, coitado, estava machucado. Vi que a água estava sendo desagradável para ele.
Então levei os dois para o andar de cima, deixei o pato no sol para secar, e comecei a tratar do peru com mais cuidado, com um paninho e água boricada. Se ele não melhorasse, iria levá-lo ao veterinario. Fim.

Presente de dia dos namorados

Essa foi no dia dos namorados, mas tinha esquecido de postar.


Eu entrava no meu prédio, e me entregavam um pacote. Era bem grande.
Chegava em casa e abria. Quando via o que era, ficava extremamente feliz: eram 6 pares de sapato no shoes da Impec.
O mais engraçado é que são sapatos que estou "namorando". Fim.

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Quem quiser ver o site, é só entrar: www.impec.com.br
Procura por "no shoes".

Farmácia Vazia

Eu entrava numa farmácia, porque precisava comprar um remédio para dor de cabeça. Ia pegar daqueles nas prateleiras, para não ter que pegar fila.
Eu chegava lá e via a farmácia totalmente vazia, então aproveitava e comprava os outros remédios que eu costumo pedir pela internet. Fim.


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Eu ODEIO ter que ir na farmácia. Motivo? Filas!
É cheio de idosos que tem atendimento preferencial, que demoram 40 minutos para ver o preço de 1 remédio e nem compram. E eles tem todo o tempo do mundo pra ficar falando da vida deles pros balconistas.
Enquanto eu sei exatamente o que quero, poderia levar menos de 5 minutos pra ser atendida, acabo tendo que ficar meia hora lá em pé e perder boa parte da minha hora de almoço. Por isso, remédio eu só compro pela internet, a menos que seja estritamente necessário.
Muitas vezes eu entrei numa farmácia, vi a fila e fui embora.

Pensando assim, esse sonho foi realmente um sonho!

Dividindo a casa com a Cibele e 5 coelhos

Esse foi há alguns dias:

Eu estava voltando do trabalho, mas estava no prédio onde vivi minha infância.
Ao invés de ir ao apartamento que eu morava, entrei no apto. da minha amiga, Cibele.
E, pasmem, eu morava lá! Nos dividíamos o apto.

Tinha um monte de coelhinhos na casa, o Negão (que é meu coelho na vida real), e mais 4, de todas as cores.
A casa estava meio suja, com cocôs de coelho pelo chão. E os coelhos não paravam de pular, para lá e para cá.
O único que não corria pela casa era o Negão, porque ele é velhinho.

Então, eu via aquela bagunça, mas ficava feliz. A Cibele estava lá e começou a me falar do dia dela, e ela estava feliz como há muito tempo não vejo!
Eu falava que estava cansada e que não queria limpar a casa naquela noite, e deixávamos para o dia seguinte.

Antes de dormir, eu pegava o Negão, subia 2 andares, e levava para minha mãe vê-lo. Depois eu descia, e ia dormir. Fim.

Email de promoção

Eu chegava no serviço, abria meu email e tinha um email novo para mim.
Eu abria achando que era newsletter de algum site que acompanho, quando vejo que é o resultado de alguma promoção de internet que eu havia ganho.
Fico muito feliz. Fim.

Dragão nas estrelas

Eu estava olhando para o céu e vi um dragão.
Quando olhei de novo, não era um dragão, e sim uma constelação que acabara de se formar, com o desenho de um dragão no céu. Fim.

Continuação do sonho do "russian factor"

Esse veio depois de eu acordar daquele outro e voltar a dormir.

Eu acordava e lmbrava do sonho do russian factor e ficava rindo. Então, me levantada e percebia que não estava em casa.
Estava na casa da minha amiga Evelize.
Eu contava para ela o sonho, ela ria e ela ia me ensinar a dirigir. Fim.

Eu esqueci do Russian Factor

Eu estava andando numa rua, tinha um fone de celular "handsfree", e estava conversando com alguém.
Então, a pessoa me passava coordenadas e o tempo estimado até eu chegar em um determinado lugar.
Era de dia, estava um pouco frio. Na rua tinha bastante gente.

Atravessei uma avenida bem grande, e continuei andando numa rua de bairro. Segundo as coordenadas que me passavam, faltava 7 minutos até o lugar que eu precisava chegar.
Então, do nada, surgiram dois caras no meio da rua, saindo de dentro de um bueiro.

Um deles era magro, baixo, cabelo loiro escorrido, e carregava uma maleta metalica.
O outro era um pouco mais alto e mais gordo, e estava vestido de bailarina (detalhe, era bailarinA, e não bailarino). E ele fazia poses de balé e dançava, enquanto o outro cara pegou um megafone e começou a gritar:

"Temos uma bomba atômica. Vamos explodi-la e matar o país inteiro se não atenderem nossas exigências"

Eu parei um pouco para olhar, achei muito bizarro, e preferi não ficar perto e continuei andando.
Mas as ruas passaram a ficar bloqueadas, e as pessoas estavam num frenesi louco de pânico.

Então eu dizia para o meu ajudante no celular "você disse que eu ia chegar em 7 minutos, agora vai demorar um tempão".
E ele me respondeu, meio irônico: "Desculpa, eu esqueci de contabilizar o Russian Factor". Fim.

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Foi extremamente engraçado.
Pra quem não sabe inglês, russian factor seria "fator russo".
Como se o fato de pessoas russas quererem explodir bombas atômicas no meio da rua fosse um fator a ser considerado no atraso de alguém, tipo como o fator trânsito, ou enchente em algumas épocas de São Paulo.

David Bowie destruiu minha vida e eu destrui a dele

Esse foi um dos sonhos mas engraçados e bizarros que já tive, principalmente porque ele tem um final. O meio está meio confuso, mas o fim é ótimo. Sou apenas espectadora, e tem vários personagens. Vamos lá:


Havia uma cantora, ela era casada com algum tipo de produtor figurão da música. Eles eram vizinhos do David Bowie num condomínio fechado, e essa amizade foi muito produtiva para nossa cantora, pois com a influência de seu vizinho e amigo e o patrocínio do maridão, ela fez muito sucesso e ficou conhecida.

Até o dia em que o marido foi pego com outra, e um processo de divórcio mal sucedido a deixou com pouca coisa. Perdeu a casa e a maior parte do dinheiro, mas fez questão de levar o carro que ele tanto amava. Custava uma fortuna, era vermelho, conversível, lindo.

Com o fim do casamento e consequentemente o fim da fortuna, nossa cantora perdeu a influência nos meios badalados da música, e passou até mesmo a ser ostracizada pelos ricos, incluindo seu ex vixinho, David Bowie, que retirou seu "apadrinhamento" à carreira dela, o que a deixou extremamente chateada e furiosa.

Então, numa noite onde já tinha tomado algumas doses a mais, nossa cantor invadiu o camarote no fim de um show do David Bowie e foi tomar satisfação.
Ela conseguiu tirar ele de dentro da casa de shows, e foram para a rua. Era uma noite quente de verão. Seu carrão vermelho estava estacionado ali na rua também.

Começou uma discussão acalorada, e uma fã doida que passava por ali e viu tudo, resolveu tomar partido de seu ídolo. O David Bowie que não é bobo, aproveitou para escapar. E nossa cantora e a fã doida acabaram brigando aos tapas, até que caíram barranco abaixo.

Brigaram embaixo do barranco até a fã desmaiar, mas a cantora também não estava em bom estado. Ela demorou para achar a chave do carro no chão, no meio dos matinhos. Quando achou e foi indo devagar até o carro, a fã maluca acordou, entrou em outro carro e passou a bater um carro contra o outro.
E a briga continuou assim até os dois carros parecerem latinhas de refrigerante amassadas.

Agora, bêbada, sem dinheiro, com a carreira arruinada, e seu único bem valioso todo destruído, a cantora não tinha mais para onde ir ou o que fazer. Resolveu que não precisava ser apadrinhada nem ter boas conexões para cantar, pois tinha muito talento. E correu atrás.

O tempo passou, suas músicas continuaram fazendo sucesso, e agora única e exclusivamente por seu talento e paixão pela arte. Sua marca registrada se tornou aquele carrão vermelho todo amassado, que ela manteve, para sempre lembrar que ela pode ser muito mais do que os outros pensam.
A primeira música que fez muito sucesso e tocou em todas as rádios, muito mais sucesso que em sua fase pré separação, chamava-se "Sr. Bowie", e era tudo que ela gostaria de falar para ele sobre o fim de sua amizade.

Um dia, cinco anos depois de toda aquela atribulação, ela estava dirigindo e percebeu que estava em sua antiga rua, aquela onde era vizinha do David Bowie.
Então, ela resolveu ir lá. Era de madrugada, ninguém iria ver, ela só queria dar uma olhada em suas antigas casas.

Ela chegou, as duas casas, tanto sua ex casa quanto a do Bowie, estavam muito acabadas.
Ela achou estranho, e resolveu entrar. Chegou até uma janela e viu David Bowie ainda acordado, totalmente perturbado, falando sozinho. Todo aquele glamour e segurança que tinha antes, havia abandonado aquele ser.
Enquanto ela saía de lá, impressionada com o que viu, percebeu que tinha uma mulher sentada numa cadeira no quintal.

Ela olhou bem, e reconheceu. Era a fã louca que ela quase matou naquela noite fatídica, e responsável por amassar todo seu carro.
Claro que a mulher também a reconheceu.
Ela começou a contar que ela e o David Bowie se aproximaram após aquela noite, por ela te-lo defendido.

Primeiro, ele se ofereceu a dar um carro novo para ela, pois o dela também ficara destruído. Com o tempo, acabaram entrando num relacionamento.
Porém, quando a música "Mr. Bowie" chegou nas paradas, ele mudou.
Era como se aquelas palavras o tivesse tocado de alguma forma, e ele queria dar uma resposta.

Passou os últimos 5 anos esboçando uma música de resposta, e nunca conseguiu finalizar. Teve bloqueio artístico, e nunca mais conseguiu criar nada novo.
Também não via mais graça em tocar suas antigas músicas. Era como se a resposta tivesse ficado encralacrada em sua garganta, e nada mais saía de lá, nem coisas novas, nem velhas.

A fã continuo com ele, já que não tinha lugar melhor para ir, mas David Bowie era outra pessoa, apenas um fantasma do que fora.
Então a cantora agradece por ela não ter chamado a polícia pela agressão anos antes, e se desculpa pelo que fez.

A fã perdoa, e pergunta se ela pode ir embora com a cantora. Ela diz que sim, e as duas entram no carro vermelho amassado.
Quando ela está manobrando o carro para sair da ruazinha, vê um carro saindo de sua ex casa.
Ela quase bate no carro sem querer, acende o farol alto e vê que é seu ex marido.

Ele também está incrivelmente acabado, bêbado, sujo. Ele está tão mal que não reconhece seu antigo carro.
A fã conta que o ex marido da cantora também estava em maus lençois, havia perdido muito dinheiro na crise e passara a beber constantemente.

Então, ela faz a manobra com cuidado, para não bater no carro dele, pensando que em outros tempos, ela faria questão de bater e quebrar tudo, mas agora é outro momento, ela está por cima e não precisava se rebaixar ao nível dele.
Dá meia volta, e vai embora.

Liga o rádio e está tocando "Mr. Bowie", um dos maiores sucessos da década. Elas cantam o refrão juntas, com o vento batendo em seus rostos, cabelos soltos jogados para trás. Ambas prontas para o que a vida puder oferecer de novo, abandonando aquela rua decadente para sempre, para nunca mais voltar. Fim.

Manicure

Eu entrava num salão de beleza, e encontrava uma pessoa conhecida.
Ficava conversando enquanto ela fazia algum tratamento no cabelo. Então perguntaram se eu ia fazer alguma coisa, e resolvi fazer a mão.

Sentei, e ao invés da mulher fazer minha mão, ela começou a cortar meu cabelo. Ficou tudo torto, e eu fiquei muito revoltada, porque além de não ter ficado bonito, eu tinha pouco tempo para ficar lá e não ia mais dar tempo de fazer a mão. Fim.

Espiões roubando um avião

Esse também foi há algum dias, no fim de semana. Foi um dos sonhos mais divertidos dos últimos tempos.

Eu era uma espiã, e fui chamada para ajudar os outros espiões da minha equipe.
Os dois eram personagens do seriado Burn Notice, o Sam e a Fi.
Então, o Sam um senhor de meia idade, ex militar da aeronáutica dos EUA, era sempre chamado quando a aeronáutica precisava destruir aviões.

Eles faziam assim: chamavam um aposentado para pilotar o avião, então, quando estava no lugar certo, eles avisavam, o piloto se ejetava ou pulava de para quedas. Então, soltavam mísseis para destruir o avião.
Eles destruiam porque eram experimentais e não podiam deixar a tecnologia cair na mão de outras pessoas.

O Sam tinha o esquema dele. Nós entramos no avião junto com ele, e quando chegou no ponto que tínhamos que nos ejetar, soltamos um balão com dispostivo que no radar fazia parecer o avião.
Então, ele pilotou o avião para abaixo do poder do radar, e os mísseis destruiram o balão.
Daí ele saltou do avião para parecer real e nós, eu e a Fi, levamos o avião para nosso esconderijo. Fim.

Espiões disfarçados de equipe de limpeza

Esse foi há alguns dias. Depois que eu comecei a assistir o seriado Burn Notice eu comecei a sonhar com espiões, é muito legal.

Eu era uma espiã, e precisava que eu e minha equipe se infiltrasse numa empresa.
Nos disfarçamos de pessoal da limpeza, o que não esperavamos é que até todo mundo ir embora, tínhamos que efetivamente limpar algo.
Fomos lavar o banheiro, até que estava sendo divertido, pois estava calor e lavavamos com muita água.
A única parte ruim é que os cestos de lixo não tinham saco, e os papéis cheios de cocô grudavam no fundo e tínhamos que tirar com a mão e lavar o cesto. Fim.

Ajudando e sendo acusada

Eu estava no trabalho.

Então, vejo que um certo setor está totalmente vazio e existem pessoas a serem atendidas.
Como eu sei o trabalho, eu entro e faço o que tem que ser feito.
Quando a chefe do setor volta, eu entrego pra ela e digo que já fiz.
Então, ela diz que não precisa da minha ajuda e que eu estou querendo roubar o lugar dela.
Fico triste, porque estava fazendo para ajudar, e respondo que se ela fizesse o trabalho dela direito, que é estar no posto de trabalho, ou ela ou qualquer um dos subordinados, eu não precisaria ter feito nada, e que a culpa é dela, e também que eu não estava ajudando ela, e sim a Câmara que é um serviço público. Fim.

Insetos na parrede de casa

Esse foi hoje, foi muito nojento.


Eu estava olhando a parede do meu quarto, e reparo algumas teias de aranha. Começo a me aproximar, e vejo muitas teias, e preso nas teias tem um pássaro branco. Eu não sabia se estava vivo ou morto.
Embaixo do pássaro tem uma bolota coberta de teias e pó, não dá para saber exatamente o que é, eu imaginei que era o casulo de algum inseto.

Então, o pássaro começou a se mexer, mexeu uma asa, as teias se desmacharam. Mexeu a outra asa, idem. Tirou co o bico a sujira da bolota, e apareceu um ovo. Agarrou com a pata e foi embora pela janela. O pássaro era uma águia grande e linda, e ela não estava presa às teias, e sim usando-as para descansar e segurar seu ovo.

Fico admirada com o pássaro, mas quando olho para a parede de novo, estão caindo verminhos brancos da parede até a cama. Muitos, muitos dele.
Começo a ficar com nojo e vou procurar um inseticidada. Acho vários "bom ar", e demoro para achar o inseticida. Quando acho e volto ao quarto, tem muuuuuitos vermes na cama.

Eu jogo o inseticida, mas ao invés de matá-los, faz com que eles se agrupem. E eles viram uma bola enorme de verme, mais ou menos do tamanho de uma bola de handebol.
Eu fico sem saber o que fazer com eles. Fim.

Dreamscape

Como voces puderam observar, eu mudei o layout do blog.
Usava aquele simplinho dado pelo blogger desde que criei, nao era bonito, mas tambem nao era feio.

Entao, eu estava procurando layout para o meu outro blog, e me deparei com esse que voces estao vendo aqui.
A ideia nem era trocar o daqui, pois na verdade eu me preocupo mais com o conteudo do que com o visual, sem contar que provavelmente esse blog eh mais um diario pessoal dos meus sonhos do que efetivamente um site que as pessoas visitam sempre.

Eu achei tao lindo esse layout que tive que colocar. Eh como um sonho, meio estranho, meio real.
E eu quis chama-lo de Dreamscape.

Em ingles, paisagem escreve-se landscape (land = terreno, scape = fuga), entao para mim esse blog eh como um dreamscape (dream = sonho, scape = fuga). Uma paisagem de sonho, um lugar onde meus sonhos tomam a forma de palavras e podem habitar outros seres alem de mim mesma, quem sabe ate em novos formatos e inspirando novos sonhos.

Robos

Esse foi no fim de semana. Foi bem legal, pena que acordei com o sonho na metade por causa do frio. Acordei tremendo de frio.


Eu era uma pessoa, um ser humano.
Mas em volta de mim, so tinham robos. Eram muitos. Todos eles tinham mais ou menos o tamanho do R2D2 (o robozinho redondo e engracado do Star Wars), a diferenca eh que eles eram totalmente metalicos, tipo cromados, nao tinham nenhum detalhe colorido nem nada.

O mundo tinha poucas pessoas, e os robos faziam tudo por nos, eram como escravos. A maioria das pessoas nao tinham companhia de outras pessoas, apenas de robos.
Eles eram todos pequenos e estranhos, pois as pessoas ficavam desconfortaveis com robos com formato humanoide (tamanho de pessoa, cabeca, perna e braco).

Entao eu entrava num predio, era como um shopping, mas na verdade era uma fabrica de robos. Quem trabalhava la eram mais robos. E entao, eles me sequestraram.
Eles se juntaram todos do meu lado, e eu nao conseguia andar para onde eu quisesse.

Entao, eles meio que so abriam caminho para onde eles queriam que eu fosse. Eu fui. Apesar de nao ter nada violento, nem ameacas, e na verdade nada foi dito verbalmente, eu entedia que tinha que ir com eles e que era melhor para mim se assim fizesse.

Percebi que estava acontecendo uma revolucao dos robos contra os humanos, e que eu havia sido poupada por causa do meu robozinho de estimacao. Eu o tratava como um animal de estimacao, com carinho. E ele era o lider da revolucao.
Como sempre o tratei com respeito, fui poupada.

Entao, me levaram para um salao enorme, com centenas de televisoes por todas as paredes. Elas ligaram todas ao mesmo tempo, e comecaram a passar imagens de pessoas destruindo robos por diversao, arrastando-os por carros para ver qual ainda funcionava depois de serem deteriorados no asfalto, entre outras coisas. E mesmo sabendo que eles eram apenas maquinas, aquilo me comoveu de alguma forma, e eu resolvi entrar na revolucao dos robos, por um tratamento humano aos nossos irmaos maquina. Fim.


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Se vc nunca viu o R2D2, veja nesse link para ter uma ideia dos robos:
http://www.google.com.br/images?q=r2d2

Terroristas

Esse foi meio estranho, pois nao faz muito sentido, quando acordei ja nao entendia muito o que tinha acontecido. Mas vamos la, quem sabe ao escrever eu me lembro.

Eu era terrorista, ou espia, como queiram.
Tinha um trabalho para fazer no cinema.
Eu chegava no shopping, comprava o ingresso, a pipoca. Estava sozinha.
Aguardava a hora do filme, eu pude identificar algumas pessoas que trabalhavam comigo ali no cinema tambem, provavelmente agindo na mesma operacao: explodir o cinema.

Entrei na sala, era grande, principalmente para os lados, e cheia de gente. Era muito clara.
Eu me sentei num lugar e coloquei um dispositivo embaixo de uma cadeira.
Me levantei, sentei em outro lugar, fiz o mesmo. Os lugares haviam sido falados para mim, nao era em qualquer lugar que eu quisesse.

Entao, quando o filme comecou, eu sai supostamente para ir ao banheiro.
Entrei no banheiro, e depois fui embora do shopping.

Entrei num caminhao, fui dirigindo ate um armazem.
La eu encontrei alguma das pessoas que identifiquei no cinema,
La tambem haviam o lider da operacao, que nos dizia que foi tudo como o esperado.
Quando ele acabou de falar e dispensou as pessoas, eu entrei no galpao, estava escuro. E o lider entrou atras de mim.
Nos tinhamos um caso.

Ficamos juntos la, escondidos. Dava para ouvir alguem manobrando o caminhao, saindo de la.
Entao eu disse que tinha que ir, ninguem poderia nos ver juntos daquele jeito.
Ele me abracou uma ultima vez, e eu fui embora, entrei no caminhao, dessa vez como carona, o motorista deu a partida e eu fui para nunca mais voltar.
A sensacao era de um pesar muito grande por deixa-lo para tras, mas tambem uma sensacao de alivio, de me livrar de um compromisso impossivel para um fora da lei. Fim.

Medula quebrada

Eu estava no Rio de Janeiro, na porta de um hospital, mas eu nao estava entrando nem saindo, apenas passando em frente.
Entao eu encontro um casal de amigos meus, a Paula e o Felipe.
Nos nos cumprimentamos, faz um bom tempo que nao nos vemos. Entao eles dizem que estao indo para o hospital, pois a Paula havia quebrado a medula.

Fico assustada e pergunto se ela esta bem, ela disse que sim, que foi um acidente de carro, mas estava bem, andando normal, e que nem doia. Mas ela tinha que ir no hospital regularmente para colocar a medula no lugar.
Eu achava aquilo absurdamente bizarro, pois nunca tinha ouvido falar de alguem que havia quebrado a medula, e pelo que eu entendia, quem quebrava coisas na coluna ficava sem andar, mas ela parecia muito bem.

Entao, eu entrava com eles, e ela era internada num quarto. Parecia um quarto de hotel, tinha ate varanda. Fico la um pouco, e quando vou para a varanda, vejo um outro predio, de um outro hospital, e me lembro que estava indo fazer algo naquele outro hospital, me despeco e vou embora.

Eu saio andando na rua, desco um quarteirao estou na Av. Atlantida em frente ao mar, ando mais um quarteirao nela, e subo na proxima rua. Subo tres quarteiroes e entro num hospital que tem ali.
Subo no elevador, e encontro o medico. Entrego a ele varios atestados, 2 de medicos diferentes, umas receitas de remedios e um atestado com o nome da minha tia Ray como "testemunha" de doenca.

Entao o medico diz que aqueles atestados sao de um outro hospital, e que eu tenho que ir la primeiro pegar um novo atestado que me permita usar nesse outro hospital.
Eu fico meio chateada com tanta burocracia, ja estou cansada.
O medico diz que o hospital que eu preciso ir eh naquela rua mesmo, descendo a rua, no primeiro quarteirao dela. Eu penso que passei na frente do hospital vindo para esse outro hospital.

Desco a rua, e comeco a procurar o lugar e nao acho. Entao, eu fico com uma visao de satelite, igual no google maps, vendo de cima. E acho o predio. Ele era um predio com uma fachada normal, nao parecia um hospital.
Entro, vou falar com um medico. Ele me leva para um quarto da clinica medica enquanto ve os atestados e escreve um novo.
Nesse quarto, tem uma varanda, e eu consigo ver o quarto da Paula no outro hospital. Fim.

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O mais bizarro eh que eh a segunda vez que sonho que encontro com a Paula e que ela tem um problema, tudo com meses de diferenca.
No outro sonho ela estava numa cadeira de rodas. Agora ela teve a medula quebrada.
Duas coisas que afetam a mesma area do corpo. O que sera que isso significa?

Eu nao acredito em premonicoes. Deve ter um significado psicologico.
Se alguem souber o que singifica sonhar que a pessoa tem um problema na coluna me avisem.

Trabalho em buenos aires

Faz um tempinho que nao posto, pois meus sonhos andam mais confusos do que costumam ser, e muitas vezes eu nao consigo nem descreve-los.
Hoje tive dois sonhos diferentes e com certo nexo, entao vou postar.

Eu trabalhava numa empresa, fazia muitas reunioes, e essas reunioes eram muito importantes.
Era tudo muito corrido e tinhamos pouco tempo para preparar as coisas.
Entao, eu estava num aviao, morrendo de sono, porem nao podia dormir, pois tinha que terminar de ler relatorios para poder apresentar um trabalho na reuniao.
Estava eu e um homem, que no caso era meu chefe. Ele era muito frenetico, sempre inventando um trabalho em cima do outro, e eu era a unica funcionaria que conseguia acompanha-lo.
Isso era bom, pois eu o acompanhava para todos os lugares e era imprescindivel na empresa. Mas por outro lado, era ruim, porque eu trabalhava demais e quase nao tinha tempo para mim.

Quando chegamos em Buenos Aires, ele foi resolver toda a burocracia do hotel que ficariamos e da sala de conferencia, e disse pra eu continuar me preparando para a reuniao.
Eu fiquei no quarto de hotel, sozinha, lendo relatorios e mais relatorios.
Quando chegou a hora, eu estava pronta, totalmente preparada. A reuniao foi um sucesso e nos fechamos mais um negocio.

Entao, quando acho que vou pelo menos poder sair essa noite para comemorar, na linda cidade que eh Buenos Aires, ele chega com a noticia de que tudo saiu tao bem, que no dia seguinte de manhazinha teriamos mais um reuniao com uma outra empresa que se interessou, e que a tarde ja voltariamos para o Brasil.

Por um lado eu fiquei feliz, porque era mais uma comissao bem gorda para mim. Mas por outro lado, ficava triste de nao ter tempo para curtir a viagem.
Eu comentava com alguem "ainda bem que ja conheco Buenos Aires, senao ia ser um despedicio muito grande vir ate aqui e nao conhecer nem um pouquinho do lugar". Fim.

Show da banda Maldita

Eu estava em casa, e começava a ouvir um barulho muito alto vindo lá de baixo. Então pergunto pro Rê o qu estava acontecendo, e ele disse "meus amigos estão tocando aqui no prédio".
Eu digo "que estranho, parece música da banda maldita".
E então ele dizia "mas são eles mesmo, são meus amigos. Vc quer conhecê-los? Eu te apresento!"
Daí eu aceitei e nós descemos para ver o show. Fim.

Tumor na cabeça

Lembrei desse agora:

Eu sentia coceiras na cabeça, comecava a coçar e coçar, e acabava fazendo feridas.
As feridas alem de coçarem eram divertidas de arrancar a casquinha, e eu ficava o tempo todo coçando e arrancando, ate que essa coceira acabou virando um tumor na minha cabeça, enorme e com feridas. Fim.

Inimiga na sala de aula

Lembrei agora esse sonho que tive hoje:

Eu estava na escola, entrava na sala de aula, sentava no meu lugar, conversava com as amigas e estava tudo bem.
Então entrava uma menina que não gosta de mim, cumprimentava todo mundo, menos eu.
Apesar de ser uma situação extremamente constrangedora, eu não ficava triste, nem chateada, nem brava. Era como se tivesse aceitado aquilo há muito tempo. Fim.

Sonhos confusos

Nessa última semana só tenho tido sonhos confusos e difíceis de lembrar.

- Em um deles, eu era dona de uma revista, e andava pelo Brasil todo procurando pessoas com histórias interessantes para entrevistar.

- No outro, deixava meu coelho solto no corredor do predio, e ele aprendia a ler e cantar canções natalinas.

Hoje eu sonhei, mas não consigo me lembrar mais.
Teve uma hora que eu achei que o Rê tinha conversado comigo de madrugada, e eu dizia que não estava falando nada com nada, e ele dizia que eu estava dormindo. Eu sentia uma sensação muito boa.
Depois, quando eu acordei, eu perguntei se isso tinha acontecido e ele disse que não.

Briga com amigos

Eu estava em casa, precisava ir trabalhar, mas não queria.
Resolvia que ia ligar para meus amigos e fazer alguma coisa. Passava um tempo pensando quem eram os amigos que eu ainda tinha contato e que podia ligar.

Resolvo ligar para dois amigos, uma menina e um menino.
Eles aparecem e vamos juntos até o meu trabalho.
Enquanto subimos a rua, eles comentam de uma festa que foram e que não fui convidada.
Eu fico muito puta, e falo: Vocês não tem o mínimo de vergonha cara, não me convidam e comentam assim na minha frente. Nem pra ter a descência de esconder.
E digo que eu as vezes finjo que não ligo, mas na verdade isso me deixa muito chateada.

Eles falam que não me chamaram mesmo, e que a culpa é minha porque eu nunca vou. Eu digo que se não me chamam eu não tenho como ir.
Então, encontramos mais alguns amigos na rua, que também estavam na tal festa e não me chamaram.

Um deles me cumprimenta, e eu respondo "oi" bem secamente. Ele diz "deus te abençoe", e isso foi muito estranho.
Eles passam a se reunir na rua, e eu estou em frente pro meu trabalho.
Por mais que eu queira ficar ali com eles, sou impelida a entrar. E eles dizem algo como "tá vendo, a gente tá se reunindo aqui e você prefere ir embora".

Minha vontade era responder que não prefiro, que eu tenho responsabilidades e obrigações. Mas não falo nada, ignoro e vou embora. Fim.

O medalhão do menino da floresta

Era uma vez dois meninos, que foram encontrados abandonados numa floresta. Eles carregavam um livro estranho de capa vermelha, escrito num dialeto que o povo daquela aldeia não entendia.
Eles acolheram os meninos, e um deles foi criado pelo carpinteiro.

Eu (que no sonho era uma criança), brincava com meus amiguinhos, e um deles era o filho do carpinteiro. Estavamos na floresta, e um outro grupo de crianças brincava também não muito longe dali, era possível até ouvi-los de onde estavamos.

Um clarão surgiu na floresta, e todos ficaram curiosos. As crianças que brincavam comigo tiveram medo de ir até lá, mas quando viram o outro grupo se aproximando, resolveram escolher um representante para ir também.
Eu me ofereci, não estava com medo. E fui.

Chegando lá, encontrei o representante do outro grupo, que era o outro menino encontrado na floresta quando pequeno.
Nós chegamos ao local da luz, e havia dois colares pendurados na árvore, cada um com um medalhão grande.
Foi um pouco difícil tira-los da árvore, mas conseguimos.

Cada um pegou um colar, e quando olhei pro medalhão, era o rosto do menino que estava ali comigo. Eu olhei pro medalhão dele, e tinha o rosto do menino que brincava comigo que havia sido encontrado na floresta.
Nós trocamos os colares, e corremos para nosso grupo de amigos.

Quando cheguei, coloquei o colar no pescoço do menino. Os outros indagaram porque eles não ganhavam colares, e eu expliquei que estava dando para ele pois tinha seu rosto no medalhão.
Levamos aos adultos, e eles viram que além da gravura do rosto dos meninos, havia também inscrições.

Um ancião reconheceu que era na mesma língua do livro que foi encontrado com os meninos, e todo o povo foi até a casa do ancião que guardava livros, para achar o livro dos meninos.

Nessa hora do sonho muda um pouco. Agora eu já sou eu mesma na minha idade, e não estamos mais no mundo medieval, e sim numa escola. Muitas pessoas procuram um livro em várias caixas de papelão.
São todos os meus livros.

Eu estou procurando, e vejo que um livro que não era meu, que falava sobre anjos e demônios (não o livro do Dan Brown, e sim algo mais místico). E esse livro estava encapado com um papel vermelho, por um momento achei que era o livro que procuravamos, mas não era.
E esse papel vermelho era a capa de um livro que confeccionei na escola quando criança. Fiquei procurando o resto do livro (que foi todo feito a mão, com figuras coladas de revista e desenhos próprios), mas não encontrei.

Nessa hora, fiquei muito triste. Alguém havia destruido uma das minhas mais queridas memórias da infância. Então, eu olho em volta e não há mais ninguém na sala, e as caixas estão vazias, as pessoas roubaram meus livros!
Fico ainda mais triste, e acho uma lista, e está escrito assim:
- Tenho muitas faltas na escola
- Não estudo o suficiente
- Todo ano fico de DP
- Não faço nada direito
e outras coisas desse tipo.

Daí eu olho em volta, e começo a chorar. Então o Rê aparece e diz:
Você não pode deixar suas coisas assim pros outros, senão as pessoas levam embora, pois são desesperadas. Você tem que tomar mais cuidado com as suas coisas.
E essa crítica, junto com as do papel, me deixam desesperada. Fim.