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Ganhando um MTV Awards e virando alimento

Eu estava numa festa de gala em NY, com o Re e mais umas pessoas. Eu estava assistindo a uma premiação, provavelmente um MTV Awards, e então sou chamada como ganhadora de um prêmio.
Eu não esperava ganhar, apenas o fato de estar lá e ter sido indicada já era prêmio suficiente pra mim.

Levanto e recebo meu prêmio, muitos abraços, elogios e tal. Volto para o meu lugar, mas a festa está muito chata e eu estava esperando mesmo a premiação da categoria que estava concorrendo para sair e ir curtir a cidade.
Então eu e o Rê nos levantamos discretamente e vamos indo para a saída. Nisso, um senhor de idade gordão com um jeito meio "saposo" (forma que costumo chamar pessoas que se parecem o senador Heráclito Fortes), que estava sentando na fileira atrás de mim, resolve levantar também e ir até a saída com a gente.

Essa festa estava acontecendo no salão de festas de um hotel chique. E quando saímos, o senhor disse que conhecia meu trabalho, disse que queria me fazer uma proposta e para irmos no último andar do hotel onde ele estava hospedado.
Daí ele subiu na frente, e eu e o Rê fomos atrás.

Pegamos o elevador e subimos. Quando chegamos, tinha apenas uma porta com uma campainha. Tocamos a campainha, e uma voz veio de dentro dizendo para só eu entrar.
Eu disse pro Rê esperar ali mesmo, e peguei meu óculos que estava em seu bolso.

Entrei, a porta se fechou e na minha frente não tinha nada. Algo me disse para soprar com bafo quente, igual a gente faz para o vidro do carro ficar "suado" e podermos desenhar nele, ntão apareceu uma porta de segurança a laser.

Fiquei esperando, e a porta foi aberta. Entrei e a porta se fechou atrás de mim, e outra estava na minha frente (fiz de novo o truque anterior para ver). Então ela se abriu e um mordomo meio jovem estava me esperando.

Eu perguntei para ele em inglês onde seria a reunião, ele não me respondeu. Então eu percebi que peguei os óculos errados, estava com os óculos do Rê e não com os meus. Pedi em inglês para que ele fosse na porta entregar o óculos, mas ele respondeu em mímicas que não entendia o que eu estava dizendo.

Daí falei em portunhol para ele entregar o óculos, e ele disse em espanhol que não fala "colombiano". Eu disse que não era colombiana, e estava tentando falar em espanhol, e que se ele tivesse boa vontade de compreender ele ia entender perfeitamente.

Então, o homem saposo chegou e pediu para eu ir até uma sala. Eu fui, mas quando olhei pro mordomo, percebi que ele havia entendido em inglês, e percebi que ele estava assustado. Provavelmente o patrão dele não permitia que ele falasse com as pessoas, e achei aquilo horrível e quis ir embora.

Quando entrei na tal sala, percebi que era um quarto. Tinha uma cama de solteiro e o velho disse que eu podia dormir e descansar e conversariamos no dia seguinte. Eu não cheguei a entrar completamente sala a dentro, porque percebi na porta que tinha um tipo de equipamento igual eu vira antes nas portas laser e fiquei com medo de ficar presa ali, e enquanto eu estivesse no meio da porta ninguém iria acionar aquilo.

Eu disse para o velho que não ia dormir, que era minha primeira vez em NY e que eu sai da festa para conhecer a cidade, e que se ele fosse tomar muito do meu tempo, eu preferia voltar outro dia.
Então, ele disse que eu era boba, e que não tinha percebido ainda o que estava acontecendo. Que as portas a laser precisavam de "ar" (mas ele pronunciou de uma forma estranha essa palavra).

Daí eu disse "como assim ar?", e ele jogou um livro bem velho pra mim, eu peguei no ar e li o título, que dizia algo como "Laser alimentado por ARHS". E na linha de baixo explicava que ARHS era a sigla para "Pele, sangue e entranhas humanas" (só não sei em qual lingua isso é uma sigla, mas na hora fazia sentido).

Foi nessa hora que percebi que ia virar alimento de lasers! Por uns instantes me perguntei porque eu, entre tanta gente. E porque ele ia se arriscar em pegar uma pessoa que acabara de ganhar um MTV Awards e não um desconhecido qualquer. Fiquei com medo do que fariam com o Rê quando ele fosse atrás de mim, já que deveriam ser pessoas muito poderosas para se arriscar tanto. E também conclui que devia ser por algum motivo genético que eu fui escolhida.

Derrubei o livro no chão, e corri pra fora do quarto. Percebi que havia um tipo de área de serviço no apartamento, e lá tinha uma janela basculante de uma folha só sem nenhum tipo de grade ou segurança.

Corri até lá, subi nos móveis até alcançar a janela e me coloquei para fora. Quando vi, estava no último andar daquele prédio enorme. Mas eu preferia me jogar dali do que ser alimento de lasers.
Principalmente porque ali haveria um corpo, uma investigação, testemunhas.
Se meu corpo sumisse, ninguém saberia onde procurar.

Dentro do apartamento tinha um varal desses de teto, e ele tinha aquelas cordas de varal. Pensei em arriscar, já que não tinha outra opção mais segura, iria me pendurar nas cordas e tentar me jogar pro andar de baixo, onde havia uma varanda no apartamento.

Eu me pendurei, não cai. Balancei uma, duas, e me joguei na varanda.
Estava muito assustada, vi que dentro do apartamento tinha um homem, loiro, bonito. Ele estava terminando de se arrumar, e rapidamente saiu do quarto. Vi que não tinha mais ninguém, e entrei no quarto e sai pela porta também.

Enquanto saía, fiquei pensando em resgatar o Rê lá no andar de cima, e como eu iria fazer para denunciar o homem velho e libertar seu mordomo escravo. Fim.

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